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Nova Orleans resiste bem à tempestade tropical Isaac

O furacão Isaac lançou água num dique na periferia de Nova Orleans, esta Quarta-feira (29), mas as barreiras de bilhões de dólares construídas para proteger a cidade depois do desastre do Katrina em 2005 não foram rompidas, disseram as autoridades.

O Isaac, que enfraqueceu para tempestade tropical, ameaçava inundar refinarias e cidades no Mississippi e Louisiana, provocou enchentes de até 3,7 metros e ventos sustentados de até 113 quilómetros por hora.

“O sistema de diques federal… é bom”, afirmou o prefeito de Nova Orleans, Mitchell Landrieu, a uma rádio local. “Não há riscos. Ele está a segurar exactamente como se esperava e está exactamente com o desempenho que deveria. Não há pessoas nos telhados por causa de inundações que sequer aproximam-se ao que aconteceu durante o Katrina”, disse ele.

Policiais e unidades da Guarda Nacional, muitos armados com fuzis automáticos, patrulhavam o centro praticamente vazio da cidade portuária, que normalmente agita-se com os turistas atraídos para os seus bares de jazz, culinária e a arquitetura colonial francesa.

Galhos de árvores e placas enchiam as ruas e a energia foi cortada de forma intermitente por toda a cidade, mas as autoridades não relataram problemas de segurança.

“Até agora tem sido muito fácil”, disse o capitão Jeremy Falanga, da Guarda Nacional da Louisiana, que estava posicionado com soldados à frente do centro de convenções da cidade.

“Poucas pessoas estão do lado de fora.” Em Plaquemines Parish, que estende-se a sudeste de Nova Orleans, as autoridades de emergência relataram o transbordo dum dique de 2,4 metros de altura entre os distritos de Braithwaite e White Ditch.

O chefe do distrito de Plaquemines, Billy Nungesser, disse que cerca de 2.000 moradores da área foram ordenados a deixar o local, mas apenas metade saiu antes da chegada do Isaac na noite da Terça-feira (28).

Pelo menos 118 pessoas foram resgatadas em Plaquemines, incluindo 25 isoladas nos telhados ou presas depois de a água subiu 4,3 metros, segundo as autoridades.

Apagões

O Isaac foi o primeiro teste para o sistema de defesa de inundações de 14,5 bilhões de dólares composto por muros, comportas, diques e bombas construído depois da passagem do furacão Katrina.

O Katrina deixou grande parte de Nova Orleans inundada, matou 1.800 pessoas e foi o desastre natural mais caro da história do país.

Centenas de pessoas dentro e ao redor de Nova Orleans afogaram-se em 2005, e muitos sobreviventes esperaram dias para serem resgatados dos seus telhados por helicópteros.

Nova Orleans resistiu a dias de desordem e saques generalizados. Apesar de não ser tão forte como o Katrina, um furacão de categoria 3 quando bateu em Nova Orleans em 29 de agosto de 2005, o Isaac era uma ameaça que as autoridades haviam alertado repetidamente para não subestimá-lo.

Cerca de 409 mil clientes da companhia de energia eléctrica de Louisiana Entergy Corp ficaram sem energia até a manhã desta Quarta-feira, informou a empresa.

A Entergy alertou que não conseguiria começar a restaurar a energia até que os ventos diminuíssem para menos de 48 quilómetros por hora. Áreas afetadas por cortes de energia incluíam cerca de 60 por cento de Nova Orleans.

Embora só tenha alcançado a força de furacão, Terça-feira, o Isaac matou pelo menos 23 pessoas e causou inundações e danos significativos no Haiti e na República Dominicana antes de contornar a ponta sul da Flórida, Domingo, e atravessar as águas quentes do Golfo do México.

O furacão poupou Tampa, na Flórida, onde a Convenção Nacional Republicana está a ser realizada, mas forçou os líderes do partido a abandonarem a maior parte do programa de Segunda-feira, e a suavizarem o que alguns poderiam encarar como celebração em excesso sobre a nomeação presidencial de Mitt Romney no momento em que os residentes da costa do Golfo enfrentam perigo.

Segundo o Centro Nacional de Furacão dos Estados Unidos, o Isaac enfraqueceu para uma tempestade tropical às 15h, com ventos de cerca de 110 quilómetros por hora. O centro da tempestade estava localizado a 80 quilómetros oeste-sudoeste de Nova Orleans.

As empresas de energia ao longo do centro de refino de petróleo na costa do Golfo prepararam-se para o impacto da tempestade, fechando algumas instalações e utilizando outras em menor escala antes de Isaac atingir o continente.

Louisiana geralmente processa mais de 3 milhões de barris de petróleo por dia em produtos como a gasolina.

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