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Finanças serão chave na retomada de negociação da ONU sobre o clima

Os Estados Unidos, o Japão e a União Europeia vão estar sob pressão, esta semana, para que destinem bilhões de dólares anualmente, a partir de 2013, para ajudar as nações pobres a lutarem contra os efeitos da mudança climática, durante uma reunião com mais de 190 países com a finalidade de avançar nas conversações para a criação dum novo pacto global sobre o clima.

Os delegados vão reunir-se durante uma semana num encontro organizado pela ONU na Tailândia, com início na Quinta-feira (30), para definir um plano de trabalho voltado para a assinatura em 2015 dum novo pacto que forçaria os países a reduzirem a partir de 2020 as emissões de gases que provocam o aquecimento do planeta.

A expectativa é que as negociações imponham pressão nas nações tradicionalmente mais ricas para que o seu compromisso de destinar 10 bilhões de dólares por ano em financiamento a questões climáticas não expire em Dezembro, sem nenhuma nova ajuda de emergência.

A discussão vai dar-se num momento em que as maiores economias do mundo enfrentam dificuldades para lidar com os seus deficits orçamentários e dívidas.

“Em Bangcoc os governos serão forçados a focar no facto de que neste estágio nenhum dinheiro novo foi prometido para financiar a questão do clima em 2013 e que até 90 por cento dos recursos concedidos em 2010-2012 foram simplesmente ajuda externa pré-existente e reembalada”, disse a entidade WWF num comunicado.

A questão poderá ser um teste para uma aliança de nove meses negociada entre a União Europeia e países pobres, formada nas conversações do ano passado sobre o clima, em Durban, e isso é visto como crucial na imposição de pressão nas nações que mais emitem poluentes para que prometam assinar um novo acordo climático.

“Haverá pressão sobre a UE por parte de pequenos Estados-ilhas e países menos desenvolvidos para que firme esses compromissos. Estou certo de que as finanças terão algum novo fôlego em Bangcoc”, disse o director do grupo ambientalista CAN Europe, Wendel Trio.

Progresso

O evento é um preâmbulo das conversações em nível ministerial marcadas para o fim do ano no Catar, onde a UE disse que adoptará uma segunda meta legal para a redução de emissões, com base no Protocolo de Kyoto, que será posta em prática em 2013, desde que todas as nações mostrem comprometimento para assinar um novo acordo para o clima que tenha efeito depois de Kyoto terminar.

Mas os avanços na direcção dum acordo mundial têm sido lentos desde que os negociadores na reunião de Junho, na Alemanha, levaram mais do que os cinco dias previstos apenas para concordar sobre quem deveria conduzir as conversações nos próximos três anos.

Os observadores dizem que a menos que as coisas avancem com mais rapidez, a UE poderá empatar na assinatura de Kyoto, o que significaria que nenhum país passaria a ser legalmente obrigado por acordo internacional a reduzir anualmente as suas emissões.

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