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Moçambola: Vilankulo FC vinga-se do Chibuto

A vingança é um prato que se come frio. Foi esse o adágio popular posto em jogo pelos marlins diante do Clube do Chibuto no último sábado em Vilankulos. Já o Maxaquene, mercê do empate do Ferroviário de Maputo na Beira, continua “descansado” na liderança da prova.

Há coisas que nunca fogem à memória do Homem, sendo uma delas a tarde de 14 de Abril. No campo do Chibuto, os representantes de Gaza no Moçambola receberam e humilharam o Vilankulos FC por 3 a 0.

Na altura, tudo corria bem à equipa de Chibuto que chegou a auto-proclamar-se candidato ao título. Hoje, só restam apenas memórias daquele sábado, até porque foi com espírito de vingança que os marlins venceram a equipa de Abdul Omar.

A turma treinada por Chiquinho Conde asfixiou do primeiro ao último minuto o seu adversário que pouco ou nada fez para evitar a derrota. Tudo o que se esperava após o apito inicial do árbitro era saber por quantas bolas iam vencer os marlins.

Bastante engenhoso e com a lembrança dos 3 a 0 da primeira volta, o Vilankulo FC entrou no jogo com um sistema defensivo voltado ao homem deixando os jogadores mais adiantados do adversário abismados e sem norte. Esta atitude dos anfitriões foi perfeita para o jogo e Abdul Omar corroborou ao não saber responder.

O Chibuto foi confinado ao seu próprio meio-campo e ainda viu um Vilankulos bastante ousado que pouco a pouco subiu as linhas de jogo atrás do golo. Das poucas vezes que os visitantes atacaram, os caseiros respondiam com contra-ataques rápidos que faziam Abdul Omar pensar duas vezes antes de mandar novamente a equipa para a ofensiva.

Foram necessários apenas vinte minutos para Matlombe, de fora da grande área, atirar uma autêntica bomba para o fundo das malhas e com o guarda-redes Castro a limitar-se a dar uma vista de olhos à trajectória da bola.

O jogo prosseguiu com o Vilankulo senhor das iniciativas de golo. A turma de Chibuto não conseguiu durante a primeira parte enviar um (único) remate a incomodar Simplex. Mal começou o período complementar, veio novamente o Vilankulo a dominar o Chibuto que ainda tentou insurgir-se mas em vão. Tudo que o Chibuto precisava era defender para não sofrer.

Aos 74 minutos, Yoyo ampliou o marcador num lance individual, fechando a contas da partida. A equipa representante de Inhambane ainda podia ter feito mais golos mas o cansaço e o medo de arriscar dos marlins conduziram à estabilidade do resultado até ao apito final.

O resultado, para além de agravar a posição do Clube do Chibuto na tabela classificativa, afastou o Abdul Omar do comando técnico daquela equipa.

A luta pela sobrevivência

Já no domingo, o terreno do Desportivo de Tete foi transformado em campo de batalha pela sobrevivência de duas equipas aflitas no Moçambola.

Pontuar era, quer para o Chingale quer para o Incomáti, o mínimo que se podia alcançar de modo a assegurar o equilíbrio na tabela classificativa. Todavia, a sorte pendeu para a equipa da casa que, apesar de não ter demonstrado postura para tal, conquistou os três pontos.

Foi o Incomáti de Xinavane que comandou a partida pecando apenas na hora de finalizar, sem tirar o mérito ao guarda-redes Godfrey que foi um autêntico herói para a HCB. O único tento da partida foi marcado por Joca à passagem do minuto 23.

O Incomáti, que até esta jornada estava numa posição acima da despromoção, vê as contas da manutenção cada vez mais complicadas tombando agora para a 12ª posição. O Chingale de Tete, por sua vez, com 21 pontos, ocupa a confortante 10ª posição.

No topo, tudo na mesma

Ainda no domingo, o Ferroviário da Beira, acusando boa forma, travou a saga vencedora do Maxaquene e arrancou um empate a uma bola. A partida teve um início bastante equilibrado mas foi o Maxaquene que tomou a iniciativa do jogo, permitindo também que a turma locomotiva pudesse responder com jogadas de contra-ataque.

Contudo, o golo madrugador do Maxaquene, marcado por Campira, espantou por completo a intenção do Ferroviário de chegar ao golo ainda no decurso da primeira parte.

Na segunda parte, o Ferroviário da Beira entrou transfigurado e com a mesma determinação que demonstrou no início do jogo. Porém, não conseguiu sair do seu meio-campo e ficava sem o esférico quase sempre à entrada da área tricolor.

Ao minuto 59, Lucas Bararijo fez entrar Barrigana que, ao minuto 73, gerou uma grande penalidade muito bem convertida por Caló. O Maxaquene ainda tentou repor a justiça no marcador nos minutos finais da partida…

O Ferroviário de Maputo, por sua vez, não foi para além de um empate sem abertura de contagem diante do Têxtil de Púnguè nesta que foi a sua terceira jornada consecutiva sem vencer.

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