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População do distrito de Murrupula clama por falta de água potável

A população da vila sede do distrito de Murrupula, no sul da província de Nampula, clama por falta de água potável e a situação tem vindo a agravar-se devido ao assoreamento e avaria do pequeno sistema localizado a cinco quilómetros da vila sede.

Falando à nossa reportagem, a população apontou as longas distâncias que tem percorrido para conseguir aquele precioso líquido. Aliás, a outra salvação da população são os poucos furos de água construídos ao nível da vila.

O governo do distrito tem vindo a afirmar que o nível de abastecimento daquele líquido vital é de aproximadamente 57 por cento o que não está a ser acatado pela população que percorre longas distâncias para conseguir água.

“Antigamente, quando tínhamos o pequeno sistema não registávamos nenhum problema da falta de água e de nenhum outro problema ligado a saúde e higiene individual e colectiva mas hoje várias são as doenças que têm vindo a afectar a população” disse Mucussete Maurício residente no bairro de Campo 2.

Mucussete Maurício disse estar cansado com aquele problema da falta de água para um distrito que é atravessado por muitos e grandes rios como por exemplo o rio Ligonha, Lalaua e Nathiwe.

Maurício referiu que a única riqueza que falta de beneficiar o distrito é a água potável, pois em nenhum momento se falou de fome no distrito, de doenças endémicas, entre outras situações.

“Olha, não sabemos porque o governo não pode financiar a reabilitação do nosso pequeno sistema de abastecimento de água, do que levar dinheiro e drenar a projectos que não ajudam muito a população, como a construção de furos de água e depois de um tempinho acabam secando devido à falta de seriedade dos empreiteiros” acusou.

Catarina Célia, residente no bairro de Rivuma, referiu que o problema de água potável pode a qualquer momento levar a população a uma situação caótica, pois os furos construídos pelos projectos apesar de ajudarem, vezes há que não tem viabilidade devido a ineficácia dos mesmos.

“Para se construir um furo de água pensei que seria preciso um estudo do solo para ver a qualidade do precioso líquido que tem no subsolo, e se o solo não é composto por rocha, mas não é isso que se faz. Os responsáveis da construção dos referidos furos, fazem sem estudo; pois chegam e começam a construir alguns metros e acabam desistindo devido a quantidade de rocha existente no subsolo” acusou Catarina Célia e pediu ao governo para que resolva o problema da falta daquele líquido vital, visto que, o distrito de Murrupula tem todas as condições para conhecer um desenvolvimento acompanhado com o da população, dai que deve ser a missão do governo providenciar todos os serviços básicos.

Entretanto, Alzira Manhiça afirmou que em termos de abastecimento de água potável à população o seu distrito tem uma percentagem a rondar aos 57 por cento, mas há locais do distrito onde este crescimento não é acompanhado como o caso do posto administrativo de Nihesiwe onde a população está a sofrer com a falta de água própria para o consumo humano.

O outro local que aquela governante referiu foi no posto sede da vila de Murrupula onde a população continua a beber água proveniente dos pequenos riachos e furos construídos pelo governo.

“A nossa ambição era reabilitarmos o nosso pequeno sistema para abastecer a população mas tudo esta sendo feito para que a consuma água potável proveniente das torneiras seja uma realidade” disse Alzira Manhiça.

Manhiça referiu que em relação ao pequeno sistema de abastecimento de água foram feitos alguns trabalhos básicos como a instalação da corrente eléctrica mas a quantidade de água que a barragem possuiu não pode cobrir o número de pessoas que vivem na vila de Murrupula.

Num outro ponto, aquela administradora referiu que neste momento estão a ser construídos furos de água ao nível dos bairros como forma de reduzir as distâncias e a procura daquele líquido vital.

Ligado a isso, aquela governante referiu que ao nível do seu distrito ainda não registou nenhum caso alarmante de diarreias nem de cólera como está a acontecer no distrito vizinho de Gilé na Zambézia.

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