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Mamparra of the week: David Simango

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avós e Avôs

O Mamparra desta semana é o presidente do Município de Maputo, ou KaMphumo, o senhor David Simango, que, como se de uma criança se tratasse, foi instruído pelo Presidente da República, Armando Emilio Guebuza, para que pusesse travões à escalada de usurpação de terras na autarquia que dirige.

O senhor David Simango, só a Frelimo pode explicar as razões da sua paixão por ele, tem sido vezes incontáveis um autêntico mamparra desde que foi eleito para dirigir os destinos desta autarquia.

São muitas as histórias que se ouvem um pouco por todo o município sobre a venda de terras, em processos com contornos abismais e nas chamadas presidências abertas e inclusivas. O prato que tem estado a ser servido a Guebuza é feito de queixas que envolvem vereadores, administradores, secretários de bairros e chefes de quarteirão, perante um Simango atónito e apático.

Na último Presidência Aberta, uma cidadã de nome Carduela Nassone Sitoe, residente no bairro 3 de Fevereiro, no distrito municipal KaMavota, arredores de Maputo, denunciou ao Presidente da República, no comício de encerramento, que a vereadora Esterlinda Ndove – em conluio com o secretário do bairro, Paulo Muzima – vendeu o seu terreno e a respectiva casa por 220 mil meticais e que o presidente do Município, David Simango, tem estado a ignorar as suas reclamações e a proteger a prevaricadora.

Carduela Sitoe disse a Armando Guebuza que está a ser vigarizada pela vereadora e pelo secretário do bairro 3 de Fevereiro.

Não é deste tipo de edis e dirigentes que o país precisa. Estes apenas têm espaço onde apenas os mamparras sobem ao podium por mérito próprio.

Quando se exige celeridade na boa governação temos um edil a sonhar com uma “Torre de Observação”. Valham-nos os céus para observar vai-se lá saber o quê e para quem quando as urgências demandam pela transparência e integridade.

Quer dizer, temos um edil, nomeado por voto, nas internas do seu partido e pelos munícipes de Maputo, a ser admoestado com um cartão amarelo – passe a linguagem desportiva – pelo mais alto magistrado da Nação.

É mesmo este tipo de dirigentes que queremos na liderança para a gestão da coisa e do bem públicos?

Será que todas as queixas só terão provimento e devido encaminhamento se os cidadãos se conglomerarem nas presidências abertas?

Será que Armando Guebuza, o “ louvado” líder, tem que passar a dar ordens aos membros do seu partido e Governo para que a carroça prossiga imune a sua marcha? Por fim, gostaria de saber quem foi o cérebro que engendrou o democrático processo que culminou com o afastamento do “camarada” Eneas Comiche.

Terrenos? Boladas? Comissões? Má fias? O que terá pesado para que a “democracia interna” dos nossos libertadores travasse um autarca competente, cujo substituto não passa de incapaz, de um fracote! Mamparra.

Mamparra, mamparra e mamparra.

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