As cidades de Maputo, Beira e Nampula albergarão, até finais de 2012, três novos centros de informação sobre negócio para dar toda a informação necessária para impulsionar ligações empresariais entre os megaprojectos e pequenas e médias empresas moçambicanas.
“O problema é que as nossas pequenas e médias empresas não têm aproveitado todo o potencial existente em termos de ligações empresariais entre elas e os megaprojectos, situação que faz com que estes importem tudo, incluindo serviços de catering”, lamentou Hipólito Hamela, assessor económico da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), falando, esta Terça-feira (21), ao Correio da manhã sobre a concretização da abertura de três centros de informação de negócios naquelas três cidades.
Hamela não indicou o valor do projecto, garantindo apenas que o financiamento já existe, para depois realçar que a iniciativa constitui uma das fortes apostas da sua agremiação para 2012, “porque queremos que as pequenas e médias empresas saibam em cada momento o que a Anadarko, Vale Moçambique, companhia do Rio Tinto, Sasol, Mozal e o projecto da linha de transporte de energia Tete/Maputo, por exemplo, querem em termos de mão-de-obra, de produtos de higiene e limpeza e alimentares”.
Vincou que a CTA não quer ver replicado este constrangimento quando forem concretizados mui- tos dos empreendimentos de hidrocarbonetos, carvão mineral e petrolíferos, cujas reservas estão a ser descobertas um pouco por todo o país por companhias multinacionais.
Para aquele economista, Moçambique está a perder muito por falta de informação sobre as necessidades dos megaprojectos “que até importam trabalhadores das áreas de limpeza, da mecânica geral, electricistas, enquanto os temos em número suficiente, mas o problema é falta de informação sobre as necessidades de cada empreendimento para serem satisfeitas aqui internamente”.
Terminou dizendo que a CTA quer contribuir para a disponibilização desta informação através dos centros de negócios de Maputo, Beira e Nampula.