Pelo menos duas pessoas morreram na explosão de três carros bomba neste domingo perto dos edifícios do Ministério do Interior e do setor de segurança na capital líbia, Trípoli, no primeiro ataque letal desse tipo desde a queda de Muammar Khaddafi no ano passado, disseram fontes do setor de segurança.
Nenhum grupo reivindicou de imediato a responsabilidade pelo ataque. Esse foi o mais recente ato de violência na Líbia, um problema que persiste apesar da pacífica transferência de poder para um novo governo depois das eleições de julho, as primeiras em décadas no país.
A destituição e morte de Khaddafi , depois de um governo personalista excêntrico que durou 42 anos, deixou um vazio de poder ocupado por milícias locais e outros grupos armados que as forças do governo vêm tentando subjugar.
Ocasionalmente ocorrem tiroteios e explosões no país. Ambulâncias e bombeiros correram para a área dos atentados deste domingo, em regiões residenciais na parte central de Trípoli, e um grande número de policiais foi deslocado para isolar os locais e remover carros carbonizados e outros destroços.
A primeira bomba explodiu perto dos escritórios do Ministério do Interior, sem causar vítimas, disse uma fonte. Ao chegar ao local, a polícia encontrou um outro carro-bomba que não havia explodido.
Minutos depois, dois carros-bomba explodiram perto do ex-quartel-general da academia de polícia feminina, local que o Ministério da Defesa tem usado para detenções e interrogatórios, segundo as fontes. Dois civis morreram e três ficaram feridos.
Os atentados causaram poucos danos aos dois edifícios, mas estilhaçaram os vidros de carros e prédios nas imediações.
As bombas explodiram no início da manhã, quando os fiéis se preparavam para as orações do Eid Ul-Fitr, a celebração que marca o fim do mês sagrado do Ramadão, o mês em que os muçulmanos fazem jejum durante o dia.