A inspecção do Trabalho está a reavaliar a denúncia dos trabalhadores do Grupo Maeva, segundo a qual a direcção ainda não efectuou o pagamento dos salários e indemnizações aos trabalhadores expulsos.
Esta informação foi avançada, Quinta-feira (16), pelo Inspector-geral Adjunto de Trabalho, Paulino Mutombene.
Segundo Mutombene, para além da avaliação, será realizado um encontro com os trabalhadores da empresa para se inteirar do que está acontecer e avaliar os passos dados desde a assinatura do acordo.
O encontro servirá também para apurar se as recentes denúncias dos trabalhadores constituem verdade e o que estará a ocorrer a nível das unidades fabris daquele grupo que opera nas cidades de Matola e Maputo.
A edição do Jornal “Notícias”, da Sexta-feira (17), escreve que os trabalhadores dizem que a direcção da empresa não está a reconhecer o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Alimentar, Bebidas e Afins (SINTIAB), como parceiro social, e a não reacti- vação dos núcleos sindicais nas empresas.
O secretário-geral do SINTIAB, Samuel Matsinhe, confirmou a divergências entre as partes e referiu que os trabalhadores despedidos daquele grupo ainda não foram indemnizados porque o sindicato chumbou a proposta do grupo Maeva de não pagar indemnizações a dobrar, mesmo estando claro que os visados foram expulsos injustamente.
Por sua vez, o director executivo de Grupo Maeva, Daniel Mondlane, disse que os trabalhadores demitidos ainda não receberam os seus ordenados porque o SINTIAB não se pronunciou sobre a proposta de salários enviada pela empresa.
Os trabalhadores queixam-se ainda do facto de o patronato não envolver outras entidades na estipulação de eventuais descontos efectuados nos salários dos trabalhadores activos.