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Primo de Mladic é condenado a liberdade condicional por esconder o ex-general

O primo do ex-general sérvio bósnio Ratko Mladic que escondeu-lhe na sua casa quando ele era procurado por suspeita de genocídio foi condenado, Terça-feira (14), a três anos de liberdade condicional.

Branislav Mladic diz que o primo, que é julgado por acusações que incluem genocídio pelo massacre de Srebrenica, em 1995, de 8 mil meninos e homens muçulmanos, viveu na sua casa no vilarejo de Lazerevo, no nordeste da Sérvia, durante cinco anos, até ser preso em Maio do ano passado.

Ratko Mladic viveu 16 anos foragido. Um tribunal de Belgrado condenou Branislav a um ano de prisão, transformada em três anos de liberdade condicional, dentro dum acordo com o procurador para crimes de guerra da Sérvia, informou o gabinete do procurador.

Ao comentar sobre a noite em que o comandante dos tempos de guerra apareceu na sua porta, Branislav Mladic disse, este mês, ao diário sérvio Vecernje Novosti: “Ouvi a voz dele e reconheci-lhe: ‘Apague a luz!’ Abri a porta e, quando ele sentou-se, disse: ‘Só você, eu e aquele lá de cima podemos saber que estou aqui. Mais ninguém'”.

“Ele é um dos meus e não vou renegá-lo”, acrescentou o primo. Outros dez acusados de ajudar Mladic foram presos em 2006 e actualmente enfrentam processo em Belgrado. Outros ainda estão a ser investigados.

A questão dos chamados ‘ajudantes’ de Mladic é uma das várias que estão a ser observadas pela União Europeia, enquanto o bloco avalia a possibilidade de começar a negociar a entrada no grupo da Sérvia, que tornou-se candidata oficial a virar membro do bloco em Março.

Mladic, de 70 anos, viveu na Sérvia sem se esconder do fim da guerra da Bósnia (1992-1995) até a queda do sérvio Slobodan Milosevic em 2000, quando passou a ser foragido, escondendo-se nas barracas e recebendo ajuda de militares e do serviço de segurança estatal.

Ele começou a ser julgado em Maio, mas os procedimentos foram desacelerados em razão da sua saúde precária.

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