O governo italiano aprovou medidas de ajuda, como a redução de impostos, para ajudar as empresas da moda e têxteis “Made in Italy” a enfrentar a crise, anunciou nesta sexta-feira, em comunicado, o Ministério do Desenvolvimento Econômico italiano.
O objetivo principal é “salvaguardar um dos setores fundamentais do ‘Made in Italy’ e criar condições para permitir às empresas serem mais competitivas no mercado internacional neste período de crise”, disse o ministro do Desenvolvimento Econômico, Claudio Scajola.
A principal medida adotada pelo governo será o crédito para o pagamento de impostos, para facilitar a realização de desfiles e a criação de coleções para a indústria têxtil. O setor vai beneficiar-se, também, do acesso a fundos de garantia para pequenas e médias empresas, previsto pelo governo.
Claudio Scajola prometeu reforçar a luta contra a falsificação, “uma das prioridades do projeto”.
Cerca de 12,6 milhões de produtos falsificados foram vendidos em 2008, quase duas vezes a mais as cópias comercializadas em 2007.
Estas medidas “vão em boa direção”, disse Ansa Michele Tronconi, presidente da Federação dos Produtos Têxteis e da Moda, em entrevista à AFP.
Em fevereiro, o setor da moda (têxtil, vestuário, bolsas, calçados e ótica) reclamou ajuda, pedindo medidas de apoio à exemplo do plano adotado em favor das empresas automobilísticas, para enfrentar a crise econômica. O setor de moda movimenta anualmente 70 bilhões de euros, sendo 50% em exportações, e emprega cerca de 800.000 pessoas no país.