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Rebeldes sírios dizem que o Exército luta em Salaheddine

Rebeldes sírios disseram ter retomado, Quinta-feira (9), o controle sobre partes dum bairro estratégico de Aleppo, depois de resistirem a um ataque das forças do presidente Bashar al-Assad, que tentam expulsar os insurgentes da maior cidade síria.

Segundo os rebeldes, os tanques se retiraram de Salahedddine, na entrada sul de Aleppo, e os combates continuam a acontecer em alguns pontos do bairro, embora a imprensa oficial síria tenha dito, Quarta-feira (9), que o bairro foi “limpo” dos rebeldes.

Enquanto a batalha de Aleppo continua, o Irão, principal aliado de Assad na região, reuniu chanceleres para discutir as formas de solucionar o conflito.

A Rússia, que tem dado uma ajuda decisiva a Assad, disse que o seu embaixador em Teerão vai participar. Assad precisa de vencer a batalha por Aleppo para reafirmar a sua autoridade a nível nacional, mesmo que a concentração das forças militares para essa ofensiva desguarneça outras partes do norte da Síria, permitindo que os rebeldes ocupem o espaço deixado.

Como parte duma ofensiva militar mais ampla, as forças de Assad atacaram os rebeldes em vária frentes, inclusive num bairro próximo ao aeroporto, na zona sudeste de Aleppo, além de vários bairros no leste da cidade, e uma localidade na periferia noroeste, segundo a imprensa estatal.

Os jornalistas da Reuters em Tel Rifaat, 35 quilómetros ao norte de Aleppo, viram um jacto da Força Aérea a mergulhar e a disparar foguetes, causando uma fuga em pânico dos moradores.

Abu Ali, comandante duma brigada rebelde, disse à Reuters em Aleppo que reuniu 400 combatentes da brigada Amr bin al Aas em resposta à ofensiva militar da Quarta-feira em Salaheddine.

“Estamos aqui para sermos martirizados”, disse ele aos seus homens. Preso a uma cadeira de rodas por causa dum recente ferimento, ele coordenou as operações via walkie-talkie.

“Em Salaheddine, há agora certas áreas controladas pelo Exército Sírio Livre (força rebelde), e alguns pelo Exército sírio”, disse Abu Ali, acrescentando que os seus homens controlam a principal praça do bairro.

Apesar das persistentes preocupações dos rebeldes com a escassez de munição, Abu Ali disse, sem entrar em detalhes, que eles foram capazes de manter alguns suprimentos chegando aos combatentes.

No Irão, o presidente Mahmoud Ahmadinejad disse que os participantes da conferência sobre a Síria em Teerão são países com uma “posição correcta e realista” sobre o conflito da Síria, o que indica que nenhum governo que apoia a oposição iria estar presente. A lista oficial de participantes não foi divulgada. Ahmadinejad disse que o evento será uma oportunidade para “substituir os confrontos militares por abordagens políticas e nativas à resolução das disputas”.

Diplomatas ocidentais em Teerão criticaram a iniciativa. “O apoio da República Islâmica ao regime de Assad dificilmente é compatível com uma tentativa genuína de reconciliação entre as partes”, afirmou um deles.

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