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Novo julgamento da ex-primeira-ministra ucraniana é adiado para o dia 14

Um tribunal ucraniano reiniciou, Terça-feira (31), o processo por evasão fiscal contra a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, mas em seguida remarcou a audiência para 14 de Agosto, depois duma polémica sobre se ela poderia participar por videoconferência, uma vez que está hospitalizada.

Tymoshenko já cumpre uma pena de sete anos por abuso de poder, mas foi transferida da prisão para uma clínica na cidade de Kharkiv, no leste do país, para tratar-se duuma crónica dor nas costas.

A nova audiência no processo por evasão fiscal e enriquecimento ilícito já foi adiado várias vezes desde meados de Abril, por causa da impossibilidade do seu comparecimento.

Mais de mil simpatizantes e manifestantes contrários a Tymoshenko estavam à frente do tribunal quando o processo foi reaberto.

A audiência foi suspensa depois de a defesa dela ter rejeitado um pedido da promotoria para que a ré fosse ouvida por videoconferência.

Os médicos alemães que atendem Tymoshenko disseram, Segunda-feira (30), que ela deve passar até mais oito semanas em tratamento.

O processo contra Tymoshenko, que azeda as relações entre a Ucrânia e a União Europeia, remonta a situações ocorridas na década de 1990, quando ela era uma proeminente executiva. A ex-primeira-ministra nega as acusações.

Os Promotores dizem que a extinta empresa de comercialização de gás de Tymoshenko causou prejuízos em cerca de 4 milhões de dólares para o Estado, e que ela pessoalmente sonegou 85 mil dólares em impostos.

Principal rival política do presidente Viktor Yanukovich, Tymoshenko foi presa por um suposto abuso de poder numa transacção de gás com a Rússia, na época em que era primeira-ministra.

O governo diz que o acordo, de 2009, impôs à Ucrânia um preço injusto para as importações de gás. A política diz-se vítima duma vingança de Yanukovich, que a derrotou nas eleições presidenciais de Fevereiro de 2010.

A União Europeia diz que os processos contra Tymoshenko parecem ser uma perseguição política. Ano passado, o bloco arquivou importantes acordos de liberalização comercial e associação política com a Ucrânia por causa da prisão de Tymoshenko.

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