Com um sprint espectacular nos últimos 50 metros, da final dos 200 metros mariposa disputada na noite desta Terça-feira (31) em Londres, o nadador sul africano Chad Le Clos, de 20 anos de idade, conquistou a segunda medalha de Ouro para o seu país e para o nosso continente. Chad ainda deixou para trás o recordista mundial e olímpico da especialidade Michael Phelps que dominava a especialidade há mais de uma década.
Ironia do destino, Phelps é o herói do sul africano “tem sido a minha inspiração desde 2004 quando ganhou seis medalhas (…) tenho no meu computador todas as grandes provas dele (Phelps)” afirmou visivelmente emocionado Chad após conquistar a sua primeira medalha olímpica.
“Senti-me como se fosse ele”
Quando sou o sinal de partida o norte-americano assumiu a liderança da prova que, para além do desafio de poder ganhar a sua primeira medalha de ouro neste Jogos, poderia coroar-lhe o primeiro nadador a vencer em três olimpíadas consecutivas na mesma especialidade. Na passagem dos primeiros 50 metros Phelps liderava e ao seu lado, na pista 5 Chad era o segundo.
Aos 100 metros o norte-americano continuava na frente e alargou a vantagem em relação ao sul africano. No início da última volta Chad havia sido ultrapassado pelo japonês Matsuda enquanto Phelps nadava imperial na frente.
Quando os olhos de todos estavam no norte-americano, Chad Le Clos acelerou, ultrapassou o japonês há menos de 10 metros do final, e depois da braçada final esticou-se e tocou no muro… primeiro que Michael Phelps.
“Quando nadava os últimos 50 metros senti-me como se fosse Phelps” disse le Clos. “Sempre quis nadar em Jogos Olímpicos e queria ser como ele. Lembro-me que, das mil vezes que revi as provas dele, Phelps sempre foi forte no sprint final e foi o que tentei fazer”.
Mais tarde, quando subiu ao pódio para receber a sua medalha e começou a soar o “Nkosi Sikelel Africa” Chad Le Clos chorou e até soluçou… de felicidade.
Com esta medalha, a segunda de ouro, a África do Sul subiu para a 10ª posição do medalheiro que continua a ser liderado pela China com um total de 23, 13 das quais de ouro, seis de prata e 4 de bronze.
Phelps conquista a 19ª medalha olímpica
Quatro anos depois de alcançar a glória olímpica, Michael Phelps deu o último passo que precisava para chegar ao apogeu. O maior nadador de todos os tempos tornou-se no atleta olímpico mais condecorado da história ao conquistar o recorde de 19 medalhas em Jogos Olímpicos nesta terça-feira.
Com uma pequena ajuda dos seus colegas norte-americanos, Phelps obteve a sua primeira medalha de ouro em Londres, na estafeta 4x200m livre, menos de uma hora após sua derrota diante do sul africano. Após a vitória na estafeta, os seus colegas abraçaram-lhe e a plateia do parque Aquático levantou-se para testemunhar a coroação do rei da Olimpíada.
O recorde que Phelps quebrou pertencia à ginasta soviética Larisa Latynina, que levou a última das suas 18 medalhas em Tóquio-1964. Até Phelps surgir, ninguém havia chegado perto de quebrar o recorde em quase meio século, mas agora a tocha foi passada para o nadador de 27 anos.
“Agradeço aos rapazes por ajudarem-me a chegar a este momento… só queria seguir em frente, e agradeço a eles por me permitirem este momento.”
Comparado a Pequim, onde conquistou oito ouros inéditos, e Atenas, onde arrebatou seis ouros e dois bronzes, Phelps está a ter uma olimpíada modesta em Londres.
Chinesa de 16 anos quebra recorde dos 200 estilos e fatura outro ouro
A chinesa Ye Shiwen, de apenas 16 anos, venceu neste 7ª Dia de competições a prova dos 200 m estilos e faturou mais uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Ela, que já havia vencido na categoria dos 400 m estilos, fez o tempo de 2min07s57, quebrou o recorde olímpico que lhe pertencia e superou a auastraliana Alicia Coutts, medalha de prata, e a americana Caitlin Leverenz, bronze.
A chinesa é neste momento um verdadeiro fenómeno em Londres e gerou polémica, com alguns a sugerirem que ela possa ter algum tipo de doping. Ye também cravou um tempo parcial melhor do que o americano Ryan Lochte, detentor de inúmeros recordes e um dos maiores nomes da natação masculina. A atleta bateu o recorde mundial dos 400 metros com o tempo de 4min28s43, e chegou a ser apontada pela imprensa chinesa como “melhor que Ryan Lochte e Michael Phelps se competisse contra eles”.
China leva outro ouro nos saltos ornamentais
Com Ruolin Chen e Hao Wang, dupla feminina dos saltos sincronizados da plataforma de dez metros, a China comemorou a conquista de mais uma medalha dourada nos Jogos Olímpicos nesta terça-feira. Representado pelas duas atletas, o país asiático subiu ao lugar mais alto do pódio com 368.40 pontos.
A prata foi para o México com as saltadoras Espinosa Sanchez e Alejandra Orozco Loza, que alcançaram os 343.32 pontos. As canadianas Benfeito e Roseline Filion completaram o pódio no terceiro lugar depois de somar 337.62.
Lin Qingfeng coloca a China no topo do levantamento de peso
Líder no medalheiro olímpico de Londres, a China vem tirando bom proveito no levantamento de peso. Nesta terça-feira, Lin Qingfeng, na categoria 69 Kg, ganhou a terceira medalha de ouro na modalidade para o país. O chinês foi muito superior e levantou um total de 344 Kg.
No entanto, Qingfeng esteve longe de quebrar o recorde olímpico e mundial, que tem 13 quilos a mais. Qingfeng junta-se a Li Xueying e Wang Mingjuan, que também levaram o país ao lugar mais alto do pódio. O indonésio Triyatno foi o segundo colocado, ficando com a medalha de prata após levantar 333 Kg. Erguendo um quilo a menos, o romeno Martin Razvan Constantin ficou com o bronze.
Francês conquista tricampeonato olímpico na classe C1 de canoagem
Detentor de expressivos resultados ao longo da sua carreira na canoagem slalom, o francês Tony Estanguet conquistou mais um título grandioso: ouro na Classe C1 dos Jogos Olímpicos. Nesta terça-feira, o atleta registrou a marca de 97s06 e chegou ao lugar mais alto do pódio da competição no Centro Aquático de Lee Valley.
O alemão Sideris Tasiadis (98s09) e o eslovaco Michal Martikan (98s31) ficaram com as medalhas de prata e bronze, respectivamente.
Eslovena Urska Zolnir é a campeã olímpica do judô até 63 kg
A eslovena Urska Zolnir tornou-se campeã olímpica de judo nos meio-médios (até 63 kg) após vencer na final a chinesa Xu Lili. Bronze em Atenas (2004), Zolnir derrotou todas as suas adversárias anteriores por ippon, mas na decisão precisou de um wazari para ganhar o ouro.
O bronze ficou com a japonesa Yoshie Ueno, número 1 do mundo, e com a francesa Gévrise Emane, atual campeã mundial e europeia.