Moçambique passará a dispor de mais áreas irrigáveis com a reabilitação de três regadios no norte e sul do país. Com efeito, a restauração dos regadios de Nguri e Chipembe, em Cabo Delgado, norte do pais, será financiada pelo Governo chinês, ao passo que para o Baixo Limpopo, em Gaza, sul, os fundos serão providenciados pelo Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD).
Segundo disse recentemente o director nacional dos Serviços Agrários, Mahomed Valá, o Ministério da Agricultura vai, através do PROAGRI, criar capacidade adicional no subsector de irrigação, nomeadamente 5500 hectares adicionais de áreas irrigáveis, nos próximos seis anos, numa iniciativa que vai beneficiar as províncias centrais de Sofala e Manica.
Para Mahomed Valá, as referidas áreas irrigáveis irão dinamizar a produção de culturas alimentares, com destaque para o arroz e hortícolas.
“Com vista a revitalizar e disponibilizar serviços de irrigação para fins agrários, o Governo criou a 3 de Abril de 2012 o Instituto Nacional de Irrigação, instituição que vai prestar serviços por forma a massificar o uso sustentável do potencial hídrico para irrigação”- assegurou Mahomed Valá, citado, esta Segunda-feira, pelo “Noticias”.
O director nacional dos Serviços Agrários falava à margem da VI Reunião Técnica da área que dirige, realizada recentemente no município de Gorongosa.
Na ocasião, ele afirmou que decorrem, igualmente, trabalhos de reabilitação de sete mil hectares no Regadio de Chókwè, com o financiamento do Banco Islâmico para o Desenvolvimento.
Além de Chókwè, Mahomed Valá anunciou o arranque de trabalhos similares no Baixo Limpopo que contarão com o financiamento do Banco Africano para o Desenvolvimento.
Enquanto isso, a província central da Zambézia está, igualmente, a ser uma das beneficiárias da dinamização do subsector de irrigação, com melhoramento do regadio de Nante, no distrito de Maganja da Costa.