Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Será que os itinerários dos TPM’s são escolhidos de forma arbitrária ou já foram pré-estabelecidos pela instituição e os condutores devem seguir estritamente?

Boa tarde jornal @Verdade. Com a vossa permissão, gostaria de expor uma preocupação que não se circunscreve apenas a mim, como também pode afectar tantos outros cidadãos deste país, sobretudo os da cidade e província de Maputo.

Eu trabalho na cidade de Maputo e resido na Matola. Sucede que quase sempre saio do serviço às 23h00 e, porque nessa altura é quase impossível apanhar transportes semicolectivos, vulgo “chapas” que vão aos bairros do Patrice Lumumba e T.3 no município da Matola, acabo por optar pela última carreira dos Transportes Públicos de Maputo (TPM).

Os últimos autocarros partem da terminal no Museu para diferentes partes da cidade e província de Maputo quase à mesma hora, 23h15. Mas, preocupa-me o facto de estes mudarem do itinerário sem aviso prévio.

Nalgumas vezes os autocarros números 48 e 59 (T.3 e Patrice Lumumba, respectivamente), aquando da sua ida à Matola tomam a Avenida Eduardo Mondlane e depois passam pela 24 de Julho e retomam à Eduardo Mondlane entrando pela Albert Lutuli e seguem pela Avenida do Trabalho para depois entrarem na Estrada Nacional Número Um.

Este é o habitual itinerário. No entanto, nalgumas vezes os condutores da última carreira, depois de partirem do Museu, entram pela Avenida Eduardo Mondlane, passam pela 24 de Julho e continuam pela Av. da União Africana para entrarem na EN1.

Será que os itinerários dos TPM’s são escolhidos de forma arbitrária ou já foram pré-estabelecidos pela instituição e os condutores devem seguir estritamente? Quantas pessoas esperam pelo último machimbombo na Belita ou Bota Alta (Av. Eduardo Mondlane) para depois não os verem passar porque fulano ou sicrano decidiu seguir outra via?

Consta que os TPM são transportes públicos, por isso os condutores e cobradores, inclusive, devem respeitar os seus utentes. É necessário que haja ordem e, caso queiram mudar de itinerários, que avisem atempadamente que é para não ficarmos “pendurados” nas paragens. Os últimos autocarros são sagrados, se a pessoa os perde corre o risco de dormir fora de casa e, na pior das hipóteses, na rua e exposto a vários perigos, só por negligência de outrem.

Resposta

Em resposta a esta reclamação, o administrador para a área das Operações de Tráfego da Empresa Municipal dos Transportes Rodoviários de Maputo (EMTPM), Armando Bembele, diz que os itinerários de todas as rotas actualmente em exploração foram definidos para serem cumpridos pelos motoristas.

Relativamente aos autocarros números 48 e 59 (Museu/T.3 e Museu/Patrice Lumumba, respectivamente), citados na reclamação, Bembele refere que “os mesmos, depois de partirem da terminal do Museu, entram pela Avenida Tomás Nduda, passam pelas Avenidas Eduardo Mondlane e 24 de Julho e retomam à Eduardo Mondlane entrando pela Albert Lutuli e seguem o trajecto com destino a T.3 e Patrice Lumumba, respectivamente”.

No entanto, Armando Bembele afirma que qualquer itinerário que esteja fora do pré-estabelecido pela instituição é uma irregularidade, daí que os utentes lesados devem comunicar imediatamente à instituição para que sejam tomadas as devidas medidas.

“Ao não cumprirem o itinerário previamente estabelecido pela empresa, eles (os motoristas) estão a violar as regras de trabalho. Foi para evitar casos do género que colocámos à disposição do cidadão uma linha verde, para a qual deverá ligar. Podem contactar-nos através do número que está na parte traseira dos autocarros. Só assim é que podemos identificar e responsabilizar os infractores”, conclui.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts