Devido ao impacto negativo da chamada doença da mosca da fruta que está a fustigar as regiões Centro e Norte de Moçambique, a exportação de banana deverá estar “muito abaixo” dos cerca de 25 milhões de dólares norte-americanos atingidos anualmente antes da eclosão daquela praga, em 2008.
Devido à situação, Moçambique produz o correspondente a 35 mil toneladas de banana/ano, sendo a região Sul a única responsável pela exportação da fruta para a vizinha África do Sul e mercado da União Europeia, segundo resultados de um estudo desenvolvido pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
A instituição espera realizar durante os próximos dois anos o monitoramento e maneio integrado do comportamento e evolução da doença no país.
Apesar da doença, estimativas oficiais garantem que nos próximos dois anos a produção de banana deverá atingir cerca de 70 mil toneladas/ano devido ao crescente interesse de investidores nacionais e estrangeiros em desenvolver a produção de banana na zona Sul do país, segundo Domingos Cugala, investigador da UEM e responsável pelo monitoramento da mosca da fruta na mesma instituição do Ensino Superior.
A produção de banana emprega cerca de cinco mil nacionais somente no Sul de Moçambique, de acordo ainda com Cugala, realçando que devido ao ataque da mosca da fruta várias empresas de Manica e Cabo Delgado “estão a despedir os seus trabalhadores, alegando dificuldades de colocação da sua produção no mercado externo”.
O programa de monitoramento e maneio da mosca da fruta destina-se a travar o seu alastramento para zonas produtoras de banana no Sul do país, depois da interdição do Governo, em 2010, da circulação da fruta do Centro e Norte para evitar o seu alastramento pelo resto do país.
Para 2012, cerca de 30 projectos de investigação científica sobre variadas temáticas deverão ser implementados pelo Fundo Nacional de Investigação (FNI), instituição adstrita ao Ministério da Ciência e Tecnologia.