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Produção de milho incrementa em quatro toneladas/hectare

A produção de milho deverá passar das actuais três toneladas por hectare para cerca de sete toneladas/hectare, dentro dos próximos 10 anos, como resultado da aplicação dos cerca de dois biliões de dólares norte-americanos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Ministério da Agricultura de Moçambique, em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e uma agência do Japão.

O investimento será também aplicado no desenvolvimento de um plano que tem em vista o plantio e produção de outros cereais como soja, girassol, amendoim, arroz e cultivo de algodão, para além de operações com proteína animal e construção de unidades industriais para transformação dos cereais e de infra-estrutura para transporte e armazenamento, segundo César Cunha Campos, director da FGV, falando em entrevista ao Correio da manhã.

Cunha Campos não estimou o nível de aumento da produção dos restantes cereais, alegadamente, porque decorrem ainda estudos visando estabelecimento dos seus índices de produção, indicação também referenciada por Aiuba Cuereneia, ministro de Planificação e Desenvolvimento, falando igualmente em entrevista ao Cm, à margem da cerimónia de lançamento, última sexta-feira, em Maputo, do Fundo Nacala.

A iniciativa irá contribuir para o desenvolvimento regional do corredor de Nacala e visa atrair investimentos que promovam o progresso social e económico de maneira sustentável, a partir do desenvolvimento do agro-negócio na região.

Cuereneia considerou o empreendimento, apelidado de PRÓ-SAVANA, como mais uma batalha de luta contra a pobreza que conta com o envolvimento do sector empresarial privado moçambicano, para além de visar transformar a agricultura de subsistência numa agricultura comercial, através de incentivos financeiros, técnicos e tecnológicos para o sector agrário nacional.

O governante moçambicano explicou ainda que o projecto estará alinhado às estratégias de atracção de investimentos privados para o programa PRÓ-SAVANA-JBM e realiza-se no âmbito da cooperação trilateral entre Japão, Brasil e Moçambique, segundo directrizes do Plano-Director para o Desenvolvimento da Agricultura do Corredor de Nacala–PRÓ-SAVANA-PD.

Participaram no lançamento do projecto o Primeiro-Ministro, Aires Ali, o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, o ministro da Agricultura, José Pacheco, e o da Agricultura do Brasil, Mendes Ribeiro Filho, para além de Hélder Muteia, director da FAO no Brasil, entre diversas figuras moçambicanas, japonesas e brasileiras.

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