O Iraque pediu, esta Terça-feira (17), aos seus cidadãos que vivem na Síria para voltarem à casa por causa da escalada da violência no seu vizinho, depois de a polícia ter dito que dois jornalistas iraquianos foram mortos em Damasco.
O gabinete iraquiano expressou preocupação com o “número crescente de incidentes de homicídio e agressão a iraquianos que vivem na Síria”, disse o porta-voz do governo Ali al-Dabbagh num comunicado.
“O governo iraquiano insta-os a voltar para casa”, afirmou o comunicado, acrescentando que as autoridades iraquianas fariam tudo ao seu alcance para ajudá-los a voltar.
A situação da segurança no Iraque ainda é perigosa, apesar de um abrandamento na violência sectária pós-guerra, que matou dezenas de milhares de pessoas em 2006-2007.
Mês passado, pelo menos 237 pessoas foram mortas e 603 ficaram feridas em ataques de militantes no país, principalmente bombardeios, num dos mais sangrentos meses desde que as tropas norte-americanas retiraram-se, no final do ano passado.
Dezenas de milhares de iraquianos deixaram o país e foram para a Síria durante a violência sectária pós-guerra. Cerca de 87 mil iraquianos foram registados na Síria.
O Iraque disse, no início deste mês, que havia reforçado a segurança ao longo do deserto de 680 quilómetros que faz fronteira com a Síria, tornando-se a fronteira mais fortemente protegida do Iraque.
Mais cedo, esta Terça-feira (17), um oficial da polícia iraquiana disse que as autoridades sírias tinham entregue os corpos dos dois jornalistas iraquianos que foram mortos em Damasco enquanto faziam uma reportagem sobre a revolta contra o presidente Bashar al-Assad.