O nível geral de preços registou uma queda de 0,34 por cento em Junho do corrente ano, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), publicados, Quinta-feira (5), em Maputo, referentes aos Índices de Preços de Consumidor das três maiores cidades no país, nomeadamente Maputo, Beira e Nampula.
Parte considerável desta queda deve-se a redução dos preços de alimentos. A queda mais significativa regista-se no preço do tomate, que reduziu 11,8 por cento. Também regista-se uma queda menos acentuada nos preços da couve, feijão manteiga e arroz.
De um modo geral, a contribuição destes alimentos foi determinante para a tendência geral da queda de preços.
Estabelecendo uma comparação ao nível das cidades, Beira e Maputo registaram uma queda de preços na ordem de 0,56 e 0,55 por cento respectivamente.
Contudo, a cidade de Nampula regista uma tendência inversa com uma subida modesta de 0,07 por cento.
A queda geral de preços mantém-se pelo quinto mês consecutivo. Como resultado, a inflação para o primeiro semestre do corrente ano situa-se em -0,51 por cento, ou seja o país regista uma ligeira deflação no nível geral de preços.
A variação do Índice de Preços de Consumidor nas três grandes cidades foi 0,64 por cento em Janeiro, menos 0.24 por cento em Fevereiro, menos 0,21 por cento em Março, menos 0,24 por cento em Abril, menos 0,53 por cento em Maio e menos 0,34 por cento em Junho.
Ao nível de produto, a queda do nível geral de preços ao longo do primeiro semestre foi significativamente influenciada pela diminuição dos preços do tomate, motorizadas, arroz, óleo alimentar e do peixe fresco ou congelado.
Estes dados contrastam com igual período do ano passado quando o índice de inflação foi de 3,25 por cento, e 10,23 por cento em 2010.
Face a esta situação, tudo indica que as previsões do governo para um índice de inflação de 7,2 por cento até finais do corrente ano eram pessimistas.
É possível que os preços venham a subir no fim do ano, mas parece ser pouco provável que a inflação venha a atingir os cinco por cento como havia sido vaticinado em Abril último pelos economistas do Grupo Standard Bank.