O site WikiLeaks disse, esta Quinta-feira (5), que começou a publicar mais de 2 milhões de emails escritos entre Agosto de 2006 e Março de 2012 pelas autoridades da Síria, que vão envergonhar não apenas o governo sírio, que tenta reprimir uma revolta de 16 meses contra o regime, mas também os seus oponentes.
“O material é constrangedor para a Síria, mas também é constrangedor para os oponentes da Síria”, disse uma nota assinada pelo fundador do WikiLeaks, Julian Assange.
“Ele ajuda-nos a não meramente criticar um ou outro grupo, mas a entender os seus interesses, acções e pensamentos. Só pela compreensão desse conflito podemos ajudar a resolvê-lo.”
Segundo o WikiLeaks, os emails obtidos por hackers vão mostrar o funcionamento do governo e da economia da Síria, e “também vão revelar como o Ocidente e companhias ocidentais dizem uma coisa e fazem outra”.
Os líderes da oposição e governos ocidentais dizem que as forças do governo sírio já mataram mais de 15 mil pessoas em 16 meses de repressão a uma rebelião contra o presidente Bashar al Assad.
Os documentos divulgados pelo WikiLeaks incluem desde correspondências íntimas de dirigentes do partido governista Baath até registos de transferências financeiras feitas por ministros a outros países, segundo o site.