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Rio Tinto inaugura Mina de carvão em Tete

A multinacional australiana, Rio Tinto, procedeu, nesta quinta-feira, a inauguração da sua Mina de carvão em Benga, na bacia de Moatize. Um investimento orçado em 849 milhões de dólares. Dos 3814 trabalhadores apenas 203 são do sexo feminino.

Efectivamente, 6700 moçambicanos trabalharam na construção da mina, dos quais 3200 pertenciam à comunidade local. Contudo, 1500 cidadãos nacionais têm um contrato permanente com a multinacional que explora carvão em Benga.

Em 2011 foram investidos, à margem dos custos de construção, pouco mais de 120 milhões de dólares. Um bolo que foi dividido entre 62 empresas, das quais apenas duas são estrangeiras. No que diz respeito à 2012 prevê-se um investimento local de 160 milhões de dólares.

Reassentamento

Na visita guiada às instalações da Rio Tinto, os jornalistas não tiveram oportunidade de conhecer o local onde 82 famílias, das 450 previstas, foram reassentadas. No entanto, as novas casas da aldeia de Mualadzi, informa a empresa num comunicado, foram entregues de acordo com os critérios estabelecidos no “Plano de Acção de Reassentamento e em consonância com as normas do Banco Mundial”.

A empresa fez saber que o reassentamento inclui uma ampla gama de infra-estruturas sociais, tais como “uma escola primária, um centro de saúde, um orfanato, um edifício administrativo, um mercado, um cemitério, rede de electrecidade e de água”.

Formação

Até à data mais de 2450 pessoas beneficiaram de formação em várias áreas, incluindo soldagem, canalização, carpintaria. Outros 450 receberam formação especializada em engenharia eléctrica, mecânica e cursos de instrumentação.

Sucede, porém, que devido ao défice de especialização no país, a empresa estabeleceu parcerias com a UEM e A Politécnica para a criação de cursos que possam beneficiar a empresa na captação de mão-de-obra qualificada.

Nem tudo são rosas

As infraestruturas limitam a exportação de carvão. Nos dias que correm a capacidade de transporte não ascende os seis milhões de toneladas. Um volume muito aquém da projecção de produção 100 milhões de toneladas da bacia de Moatize. Portanto, encontrar transporte adicional é um desafio com o qual a Rio Tinto terá, diga-se, de se bater.

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