A empresa Cervejas de Moçambique ( CDM), subsidiária da multinacional sul-africana SABMiller Plc, contribui para os cofres do Estado moçambicano 2.979,2 milhões de meticais, que corresponde a 7,2 por cento do imposto da renda total da economia nacional.
Estes são os resultados apresentados, Quarta-feira, em Maputo, pelo Director Geral da CDM, Grant Liversage, com base num estudo sobre o impacto socio-económico desta cervejeira no país, sob chancela da INSEAD, Escola Internacional de Negócios da Franca.
O estudo baseia-se, essencialmente, nos dados de 2010, e analisa o impacto socio-económico da CDM. O mesmo revela que a empresa gera um valor agregado de 6.532,4 milhões de meticais (um dólar equivale a cerca de 27,5 meticais ao câmbio corrente) por ano, o que corresponde a 2,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), para além de fornecer emprego a cerca de 73.100 pessoas.
Este cenário, segundo os gestores da CDM, confirma a relativa importância económica deste complexo fabril em Moçambique. O estudo sugere aos gestores da CDM e ao Governo de Moçambique no sentido de aumentar potencialmente o impacto da empresa, “pois a sua história demonstra que o ambiente de negócios é bom”.
Quando são volvidos cinco meses após o lançamento da “Impala”, uma marca de cerveja moçambicana produzida com base na mandioca, os gestores da empresa CDM assumem, com optimismo, que a empresa apostou num projecto capaz de fazer diferença em Moçambique, em termos do impacto socioeconómico.
A “Impala” é produzida a escala comercial pela unidade fabril da CDM instalada no distrito de Ribáuè, província nortenha de Nampula, uma das regiões maiores produtoras da mandioca em Moçambique.
O estudo da INSEAD demonstra que nos primeiros cinco meses após o lançamento da Impala, a fábrica de Nampula produziu 15 mil hectolitros ou seja três milhões de garrafas, gerando uma renda do comércio de 14 milhões de meticais.
Aliás, a renda para os agricultores que fornecem a matéria-prima (mandioca) à fábrica estima-se em 1,316 milhões de meticais durante o referido período.
“A CDM e o Governo devem continuar a estabelecer pontos de ligação que contribuam para a sustentabilidade de todas as partes envolvidas, em prol da cidadania”, refere o relatório do estudo.
Durante a apresentação do estudo, o Director-geral da CDM anunciou estar em curso preparativos para a expansão do projecto, iniciado em Nampula, para as províncias centrais de Sofala e Tete, ainda no presente ano.
Para a produção da “Impala” em Nampula, a CDM adquiriu cerca de 880 toneladas de mandioca, quantidade fornecida por um total de 550 agricultores. Com esta quantidade, foi possível produzir cerca de três milhões de garrafas de cerveja.
De referir que o uso da mandioca como matéria prima para o fabrico da cerveja, segundo a CDM, resulta de vários anos de investigação para superar os desafios do processamento e fabricação desta bebida, cujas componentes tradicionais estão cada vez mais caros no mundo.
Deste modo, no lançamento do projecto, a empresa assumiu esta experiência como pioneira no mundo e, cinco meses depois, afirma estar satisfeita com a iniciativa.