A polícia chinesa deteve 22 pessoas da etnia mongol depois de centenas delas terem protestado contra a apreensão de terras na região autónoma de Mongólia Interior, afirmou um grupo internacional de direitos humanos, esta Terça-feira, no mais recente caso de distúrbios na remota região do norte da China.
Mais de 80 policiais usaram “força brutal”, Segunda-feira, para apartar uma manifestação de centenas de mongóis do vilarejo de Tulee, perto da cidade de Tongliao, afirmou o Centro de Informações de Direitos Humanos do Sul da Mongólia, sediado em Nova York.
A agitação será, provavelmente, outra preocupação para a China, que já enfrenta turbulências entre o povo da minoria étnica muçulmana uigur, no extremo oeste, e entre os tibetanos, no sudoeste.
Na Mongólia Interior, cinco manifestantes ficaram seriamente feridos depois de juntarem-se para bloquear um tractor duma empresa florestal apoiada pelo governo de trabalhar nas suas terras, disse o grupo de direitos humanos num comunicado enviado por e-mail.
“A polícia espancou violentamente os manifestantes com bastões. Alguns estavam a sangrar, alguns foram espancados no chão. As mulheres foram puxadas pelo cabelo e lançadas nos carros policiais”, disse um dos manifestantes, segundo o grupo.
De acordo com os manifestantes, os mongóis da parte leste da região, cerca de 600 quilómetros de Pequim, buscam o retorno de 4.000 hectares de terra que eles dizem que a empresa florestal deixou de gerir.