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Trabalhadores despedidos de empresa agro-pecuária em Nampula exigem seus direitos

Pouco mais de 85 trabalhadores despedidos da empresa Gery, Ema, Tânia e Tobias Lda, conhecida por Gett, Lda, do ramo agro-pecuária especializada na produção e criação de frangos, ovos, matadouro e fabrico de ração, localizada na parcela número 623 no bairro de Namicopo, arredores da cidade de Nampula, exigem ao patronato o pagamento de indeminizações pelo tempo de trabalho na empresa.

A indignação dos trabalhadores deve-se ao facto de terem sido demitidos em massa sem, no entanto, seguir os preceitos preconizados na Lei de Trabalho em vigor no país, nomeadamente o pagamento dos salários a empregados desvinculados sem justa causa e aviso prévio de expulsão.

Segundo apuramos, as expulsões aconteceram por decisão de dois gestores de nacionalidade portuguesa da empresa, a directora dos Recursos Humanos, Silvia Vaz, e o chefe dos guardas, Jorge Vaz.

As expulsões mais recentes são de dois trabalhadores, nomeadamente Armando José e Luciano António Saul.Na lista das expulsões está também um funcionário das obras que no dia cinco de Fevereiro foi demitido da empresa por ter-se recusado em fazer horas extras, uma vez que se encontrava doente.

Além destes, outros 15 trabalhadores foram também expulsos nas mesmas condições sem receberem aviso prévio ou algum tipo de indemnização.

Desde que a empresa entrou em funcionamento em Moçambique, com particular destaque na província de Nampula, perto de mil a 1500 empregados já foram despedidos, grande parte deles sem indemnizações.

Há registo, no passado desta empresa, de outras irregulares laborais tais como: a falta de respeito e consideração com os trabalhadores; não cumprimento dos contratos de trabalho; falta de diálogo entre o patronato e trabalhadores; discriminação salarial entre trabalhadores estrangeiros e nacionais; e horário de trabalho que atropela a lei 23/2007 de 1 de Agosto do artigo 85/87.

O horário de trabalho é um dos pontos mais criticado pelos trabalhadores, o que tem vindo a ser discutido desde o começo das actividades produtivas da empresa até aos dias de hoje. Vários inspectores da Direcção Provincial de Trabalho já passaram por aquela firma mas nada mudou. Os trabalhadores sugerem que os inspectores possam ter sido subornados pelo patronato da empresa.

Entretanto, a nossa reportagem foi na direcção da empresa Gett Lda para ouvir a versão do patronato sobre as queixas colocadas pelos trabalhadores mas a directora dos Recursos Humanos, Silvia Alfredo, recusou-se a responder.

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