As obras de construção da barragem de Moamba-Major, na província do Maputo, deverão arrancar em 2013 e estão orçadas em cerca de 400 milhões de dólares norte-americanos a serem fornecidos pelo Brasil, segundo a Direcção Nacional de Águas (DNA).
As negociações com aquele país latino-americano estão “a decorrer a bom ritmo e encontram-se na fase conclusiva”, revelou Susana Loforte, directora nacional de Águas, realçando que a construção daquela barragem visa responder à crescente densidade populacional e surgimento de vários projectos de desenvolvimento que se registam nas cidades do Maputo e da Matola e ainda na vila-sede do distrito de Moamba, na província meridional do Maputo.
Negociações similares estão também em marcha com vários parceiros internacionais de cooperação com Moçambique visando a construção e conclusão até 2014 da barragem de Corrumane, igualmente na província do Maputo.
Loforte falava, esta Quarta-feira, à imprensa, à margem de um encontro entre a Direcção Nacional de Águas e representantes dos parceiros internacionais de cooperação com Moçambique, tendo o chefe do sector de Cooperação da Embaixada dos Países Baixos, no Maputo, Jan Huesken, alertado para a necessidade de as autoridades moçambicanas adoptarem novas estratégias para atrair pessoal com qualificações elevadas visando enriquecer o sector público.
O alerta surge para contrariar a fuga dos quadros que estão à frente de vários projectos de desenvolvimento socio-económico de Moçambique para sectores atractivos em termos salariais e outros incentivos.
“As autoridades moçambicanas devem pagar salários adequados e aliciantes, sob risco de todo esforço que vem sendo feito ser anulado pela fuga de cérebros para o emergente sector mineiro privado que está a florescer no país”, vincou Huesken no seu alerta ao Governo moçambicano.