O número de execuções em todo o mundo cresceu, ano passado, em parte por um renovado uso da pena de morte no Irão, Iraque e Arábia Saudita, informou a Amnistia Internacional.
O grupo de direitos humanos informou que pelo menos 676 pessoas foram executadas em 20 países em 2011, em comparação com as 527 execuções em 23 países no ano anterior.
As execuções confirmadas no Oriente Médio aumentaram quase 50 por cento, ano passado, para 558, disse a AI em relatório anual sobre pena de morte.
Os métodos de execução usados globalmente incluíram decapitação, enforcamento, injecção letal e disparos. A Amnistia disse que a China executou mais pessoas que todo o resto de países juntos.
Os dados sobre pena de morte no gigante asiático são segredo de Estado e a AI já não publica um número de execuções na China, embora diga que são milhares.
Salil Shetty, secretário-geral da AI, disse que quando a organização foi fundada, em 1961, somente nove países haviam abolido a pena de morte para qualquer crime, enquanto que no ano passado só 20 países realizaram execuções.
“É uma história de um grande sucesso”, disse Shetty à Reuters, acrescentando que a parte negativa era de que “poucos países continuam a praticar a pena de morte em larga escala”.
Pelo menos 1.923 pessoas foram condenadas à morte em 2011, contra 2.024 no ano anterior, segundo a AI. Havia 18.750 pessoas sentenciadas à morte em todo o mundo no fim de 2011, incluindo 8.300 no Paquistão.
O Irão foi o país onde ocorreram mais execuções, depois da China. Na República Islâmica, pelo menos 360 pessoas foram submetidas à pena máxima em comparação com pelo menos 252 em 2010, disse a Amnistia.
Mais atrás ficaram Arábia Saudita (pelo menos 82 execuções comparadas com pelo menos 27 em 2010), e Iraque (pelo menos 68 execuções contra pelo menos uma no ano anterior), acrescentou a AI.
Os Estados Unidos foram o único país da América e o único membro do Grupo das Oito maiores economias do mundo que executou prisioneiros em 2011 (43 contra 46 em 2010), algo que Shetty descreveu como “muito vergonhoso”.