A Tokyo Electric Power, operadora da usina de Fukushima destruída pelo tsunami, ano passado, fechou o seu último reactor nuclear em operação para manutenção, esta Segunda-feira, deixando apenas um reactor para fornecimento ao frágil sector de energia do Japão.
O Japão tem 54 reactores, mas desde que o tsunami, em Março do ano passado, provocou a pior crise nuclear do mundo em 25 anos na usina de Fukushima, o país não tem sido capaz de reiniciar os reactores que foram submetidos a manutenção devido às preocupações de segurança pública.
A Tepco disse que desligou o reactor número 6 na sua usina de Kashiwazaki Kariwa, a maior do mundo de energia nuclear, levantando preocupações sobre uma crise de energia neste verão, quando a demanda por energia eléctrica aumenta devido ao clima quente.
“Nós somos, provavelmente, capazes de manter um fornecimento estável de electricidade no momento, mas gostaríamos de pedir aos clientes que continuem a economizar a energia”, disse o presidente da Tepco, Toshio Nishizawa, num comunicado divulgado, Domingo.
“Estamos, actualmente, a estudar de perto a situação do abastecimento de energia durante o verão. Faremos o nosso melhor para operar de maneira estável e manter as nossas instalações”, acrescentou.
Dos 17 reactores de propriedade da Tepco, que fornecem electricidade para cerca de 45 milhões de pessoas na região de Tóquio, todos os seis na devastada usina de Fukushima Daiichi, 240 quilómetros a nordeste de Tóquio, estão desligados, assim como outros quatro na usina vizinha de Fukushima Daini.
O último reactor do Japão em funcionamento, o Tomari número 3 da Hokkaido Electric, está programado para ser desligado, a 5 de Maio, para manutenção.
Para evitar apagões, as empresas accionaram antigas instalações de combustíveis fósseis e apelaram para a conservação de energia, mas alguns analistas alertaram para a escassez de energia no verão, especialmente porque as antigas usinas de combustíveis fósseis podem ser menos confiáveis.