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Companhia italiana descobre mais gás natural na Bacia do Rovuma

A companhia italiana ENI East África Moçambique anunciou, Domingo, a descoberta de mais um significativo reservatório de gás natural na bacia sedimentar do Rovuma, na sequência da abertura de mais um furo denominado Mamba Norte Leste-1.

Com esta descoberta, segundo o jornal “Notícias” citando um comunicado do instituto Nacional de Petróleo (INP), sobem para 40 triliões de pés cúbicos (Tcf) as reservas de gás natural descobertas na área 4 concessionada à ENI East África Moçambique.

O INP considera que os resultados do furo localizado na Área 4 da bacia do Rovuma revestem-se de importância especial, dado que aumentam as reservas existentes em mais 10 Tcf, das quais 8 Tcf no prospecto Mamba Norte Leste, cujo jazigo está circunscrito à área 4.

Aberto em águas profundas (1,848 metros), o furo Mamba Norte Leste-1 atingiu a profundidade total de 4,560 metros e localiza-se a 50 quilómetros da costa da província de Cabo Delgado e 15 quilómetros a nordeste do furo Mamba Sul-1 e 12 quilómetros a sudoeste do Mamba Norte-1.

Neste furo, Mamba Norte Leste-1, foram encontrados um total de 240 metros de areias múltiplas de Oligoceno e Eoceno saturadas de gás natural.

Durante o presente ano, a ENI East África Moçambique vai proceder à abertura de mais quatro furos para avaliar o potencial adicional do Complexo Mamba em prospectos vizinhos.

Os concessionários da Área 4 da Bacia do Rovuma, cujo contrato de pesquisa e produção foi rubricado em 2006, incluem, para além da ENI East África Moçambique, operador com 70 porcento de participações, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (10 por cento), a GALP (Portugal) 10 por cento e a Kogas da Coreia do Sul também com 10 por cento.

Em Moçambique, a bacia sedimentar do Rovuma é neste momento a mais activa em termos de pesquisas de hidrocarbonetos.

É nesta bacia que, muito recentemente, a Anadarko Moçambique anunciou ter concluído a abertura do furo de avaliação denominado Lagosta 3, com resultados muito positivos e que confirmam a extensão do jazigo e reservas de gás ali descobertas.

Ao todo, a Anadarko Moçambique pode ter descoberto até ao momento no bloco do Rovuma recursos recuperáveis estimados em 15 a 30 triliões de pés cúbicos de gás natural.

Somando as descobertas das duas companhias, ENI e Anadarko, conclui-se que até aqui podem ter sido descobertos nos últimos dois anos, só no bloco do Rovuma, pouco mais de 70 triliões de pés cúbicos de gás.

Recorde-se que mais a Sul, na bacia sedimentar de Moçambique, a petroquímica sul-africana Sasol está a explorar gás natural dos campos de Pande e Temane, donde está a ser exportado para a vizinha África do Sul.

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