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Comercializadas 112,8 mil toneladas da castanha de caju

Cerca de 112,8 mil toneladas da castanha de caju foram comercializadas na campanha 2010/2011, no país, quantidade que torna a safra a melhor dos últimos 35 anos, segundo o Instituto de Fomento de Caju (INCAJU).

As compras foram feitas através do circuito formal de comercialização deste produto tradicional nas exportações moçambicanas e foram causadas pela floração tardia dos cajueiros, resultando na diminuição da incidência e severidade da doença do oídio e “à considerável subida do preço da castanha no mercado, o que contribuiu para a valorização do produto e maior predisposição dos produtores em colocar a sua castanha no mercado”, segundo o INCAJU.

Os preços praticados foram de acima de 20 meticais o quilograma da castanha de caju, na campanha 2010/ 2011, contra 10 a 16 meticais/quilo que foi a variação do preçário que vigorou na anterior safra 2009/2010, segundo a mesma institução estatal.

O INCAJU aponta o crescente envolvimento dos produtores nas acções de poda, limpeza e tratamento químico dos cajueiros e disponibilização do dinheiro do Fundo de Desenvolvimento do Distrito para a aquisição de atomizadores e combustíveis para o programa como outras razões que tornaram a campanha 2010/2011 a melhor dos últimos 35 anos.

Exportações

Entretanto, a exportação da castanha de caju arrancou, oficialmente, em Janeiro de 2012, com a divulgação junto a apanhadores e fomentadores de regras e procedimentos impostos pelo INCAJU visando materializar a estratégia de recuperação do subsector de caju, avaliada em cerca de dois milhões de dólares norte-americanos a serem aplicados nos próximos 10 anos em acções de investigação, extensão e fomento, comercialização e processamento, financiamento, reforma institucional e assistência técnica e monitoria.

Um dos resultados esperados neste programa é que até 2015 as exportações da castanha de caju deverão passar a render a Moçambique cerca de 96 milhões de dólares por ano contra os actuais 40 milhões de dólares, devendo o enfoque da investigação estar virado para o desenvolvimento de clones de cajueiro adaptados às diversas condições agro-ecológicas, estudo e melhoramento das tecnologias de processamento da castanha e do falso fruto, bem como no desenvolvimento, certificação e difusão dos clones já existentes.

Esta componente está orçada em 96,5 milhões de meticais, enquanto a componente da extensão e fomento vai custar cerca de 940 milhões de meticais, priorizando a produção de mudas, estabelecimento de um sistema eficiente para a sua distribuição e a formação, treinamento e assistência aos técnicos, produtores e provedores de serviços.

Na área de comercialização, os cerca de 700 milhões de meticais destinados para esta componente serão gastos em acções de promoção de parcerias público-privadas para o processamento do produto.

Estimativas oficiais, entretanto, indicam que mais de 1400 famílias moçambicanas têm no caju a sua principal fonte de rendimento.

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