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Protesto após punição a clube deixa 1 morto e 18 feridos no Egito

Uma pessoa foi morta por um tiro e 18 ficaram feridas quando adeptos irados entraram em confronto com forças de segurança do Egito na cidade de Port Said, depois que o seu clube foi banido dos jogos do campeonato por causa do pior desastre do país em estádios de futebol, informou uma fonte médica neste sábado.

A Associação de Futebol do Egito (EFA) proibiu a equipa, o al-Masry, de disputar duas temporadas como punição pela invasão de seu campo por fãs, que resultou na morte de 74 fãs no mês passado.

Este foi o incidente mais letal desde o início dos protestos que levaram à derrubada do presidente Hosni Mubarak, no ano passado. A EFA ordenou o fechamento por três anos do estádio de Port Said, local dos tumultos que se seguiram à vitória do al-Masry sobre o Al Ahli, equipa do Cairo.

De acordo com testemunhas, a polícia militar disparou para o ar para dispersar centenas de fãs que protestavam diante do edifício da Autoridade do Canal de Suez, em Port Said. Os confrontos começaram na noite de sexta-feira e prosseguiram até as primeiras horas deste sábado.

“Centenas de fãs furiosos confrontaram-se com a polícia militar depois do anúncio da decisão”, declarou uma testemunha. “Um deles morreu atingido por um tiro nas costas e 18 ficaram feridos nos confrontos, dois deles em decorrência de balas”, afirmou a fonte médica.

O porto de Port Said foi fechado na manhã deste sábado por causa dos protestos. Os navios que trafegam pelo Canal de Suez foram direcionados para uma rota secundária a leste da cidade, de acordo com fontes no porto e na Autoridade do Canal de Suez.

Testemunhas disseram à Reuters que muitas fábricas não abriram as portas, já que centenas de manifestantes bloquearam estradas de ligação com Port Said, cidade costeira do Mediterrâneo, impedindo assim a entrada de milhares de trabalhadores vindos de províncias vizinhas.

Num comunicado a EFA informou que as atividades futebolísticas do Masry seriam suspensas nas temporadas de 2011/12 e 2012/13 e o clube seria reconduzido à Primeira Liga Egípcia a partir de 2013/14.

Durante a invasão do campo, em fevereiro, as portas de aço do estádio foram trancadas, deixando presos os fãs que tentavam escapar dos tumultos. Dezenas morreram esmagados e pelo menos 1.000 pessoas ficaram feridas.

Muitos fãs culparam o governo por não ter enviado ao local policiais em número suficiente, considerando a tensão causada pelo jogo, e muitos egípcios acreditam que a violência tenha sido iniciada por criminosos.

Em 15 de março a Justiça indiciou 75 pessoas, incluindo nove autoridades do setor de segurança. Eles serão julgados pela violência no estádio.

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