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RENAMO pretendia destruir caso os seus homens em Nampula continuassem presos

A Resistência Nacional de Moçambique, RENAMO, pretendia atacar e destruir por completo, o Comando distrital da PRM, em Marínguè, província de Sofala, caso os seus colegas continuassem detidos, em Nampula.

Sofrimento Furai Matequenha, delegado dos homens armados liderados por Afonso Dhlakama, disse que “aqueles miúdos iriam ver a força da RENAMO, e que os homens desta força política não estão para brincadeiras”.

Matequenha frisou ainda que iriam tomar conta do distrito todo, uma vez que, neste momento, o governo local está sob controlo do partido da FRELIMO, neste momento a liderar o país.

A fonte sublinhou que o ataque a aquele comando seria dentro da semana finda, onde iriam reagir para poderem soltar os colegas indefesos, que estavam presos, e que, segundo as suas palavras, sem justa causa.

Aliás, este delegado político do maior partido da oposição do país, proferiu que os seus colegas em Nampula, na altura do ataque da polícia não tinham uma arma, enfatizando que as armas identificadas eram vindos da residência do líder da “perdiz”.

“Veja só, apenas na cidade a polícia perdeu dez membros, imagine se acontecesse no mato, acha que eles teriam hipóteses de nos derrotar? Os nossos estão treinados para matar, enquanto esses miúdos brincam de pistola”, riçou Sofrimento Furai.

No confronto entre a força de Intervenção Rápida e os ex-guerrilheiros, a 8 de Março corrente, teve como consequência um morto da RENAMO contra dez da FIR, que para Sofrimento Matequenha, não há necessidade da PRM esconder a realidade.

Matequenha diz que “o contra apoio da polícia já esconde essas partes, porque esconde? Esconde porque os outros meninos que ainda pretendem enfrentar-nos não ficaram com receito para enfrentarem-nos porque nós temos um comando muito forte”.

O delegado político provincial da “Perdiz”, na terra do planalto, afirmou que o comando que tem a PRM, a quem os chamou de meninos não irá aguentar, acrescentado que o mesmo iria fazer na cidade de Chimoio, com os agentes da FIR.

Ele acreditou que os agentes da FIR, em Nampula, “tomaram uma grande lição e que amanhã não voltarão a aproximar-se com este tipo de abuso”.

Ataque a FIR

Devido ao comportamento desumano que os agentes da FIR estavam a cometer em Chimoio, Sofrimento Matequenha, garantiu por outro lado que caso estes voltem a maltratar a população os seus homens iram atacar.

Sofrimento afiançou que caso a FIR continue a ameaçar, torturar e bater a população da cidade de Chimoio, que é o ponto em que estes mais agem, o partido Renamo, na província de Manica, irá fazer o mesmo a estes agentes.

O delegado político provincial em Manica, da RENAMO, salientou que tinha feito uma proposta ao Presidente do partido, de forma a criar um conjunto para poder instalar-se na cidade de Chimoio, em defesa desta população.

O entrevistado vincou que tal não chegou a concretizar-se porque foram observando que a corporação reduziu o vandalismo sobre a população, que as principais vítimas eram os residentes no bairro 7 de Abril, onde estes instalaram a sua base.

Na capital da província de Manica, várias pessoas foram violentamente espancadas pelos agentes da Força de Intervenção Rápida, seja por cassetetes, seja por pontapés, que por estas acções a população decidiu supostamente usar a magia negra, como se propala por aquelas bandas.

As pessoas dizem que a FIR, diminuiu as suas actuações devido aos casos supersticiosos, que já vitimaram um agente por ter batido o filho duma senhora, e o outro teve problema de priponismo (erecção prolongado do sexo), por violar uma mulher que estava acompanhada do seu marido.

Uma outra senhora disse que, uma dia, as 23 horas, quando o marido foi buscar-lhe na escola Secundária Samora Moisés Machel foram interpelados pelos agentes da FIR no mercado Macodamo e estes proibiram o marido de acompanhar a senhora.

Manifestações vão acontecer

O delegado politico da RENAMO, em Manica, disse num outro desenvolvimento que estão a preparar-se a todo gás para a realização das propaladas manifestações, que desde finais do ano passado vem se pronunciando.

Sem avançar datas, Sofrimento Furai Matequenha garantiu que estão bem preparados, tendo adiantado que falta pouco tempo para a realização das manifestações, que tem por objectivo criar um governo de transição.

“A data não posso precisar mas estão prestes a realizar. Estava em contacto com a sua Excia Presidente, tudo já está organizado para a gente poder realizar as manifestações”, pronunciou Matequenha.

Para a não realização das manifestações que se dizem ser pacíficas, a RENAMO, quer fora do governo de transição, por a forma a criar uma nova ordem política a nível nacional, que haja paridade na CNE e no STAE.

Pretende ainda que os militares da RENAMO não desmobilizados, que estão em Marínguè, sejam enquadrados tanto na PRM como na FADM e caso não sejam atendidos irão à manifestação brevemente.

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