A proposta de um bilionário norte-americano para construir uma Las Vegas europeia na Espanha deixou os políticos sedentos por dinheiro a salivarem diante da receita e dos empregos potenciais, embora as supostas exigências da empresa para incentivos fiscais e tratamento especial tenha causado controvérsia.
O presidente da Las Vegas Sands, Sheldon Adelson, está a avaliar duas importantes áreas urbanas da Espanha, Barcelona e Madri, com planos para um complexo de 12 hotéis e seis casinos que poderia criar 250 mil empregos.
A Las Vegas Sands, proprietária de grandes resorts de jogos e entretenimento em Cingapura e Macau, tem um histórico que faz com que o projecto pareça mais viável do que esquemas semelhantes que nunca materializaram-se na Espanha.
Em 2007, um consórcio propôs a construção de um complexo de 32 casinos de 7 bilhões de euros no norte da Espanha, que nunca saiu do chão, enquanto em 2005 os investidores começaram a colocar dinheiro num casino e complexo de resorts em Ciudad Real, no centro da Espanha, mas o desenvolvedor suspendeu os pagamentos, ano passado.
Adelson foi bem recebido nas recentes visitas a Barcelona e Madrid, onde os administradores públicos estão entusiasmados com o investimento, no momento em que a Espanha vive a sua segunda recessão em quatro anos e a taxa de desemprego é de quase uma em cada quatro pessoas.
A empresa dele propõe-se a investir cerca de 15 bilhões de euros durante 10 anos no complexo, o que incluirá 36.000 leitos de hotel, 18.000 máquinas caça-níqueis e três campos de golfe. Em troca, ele pede uma série de incentivos e concessões legais.