Cinco elefantes, quatro crocodilos e dois hipopótamos que aterrorizavam camponeses do distrito de Massingir, em Gaza, foram abatidos ao longo dos primeiros três meses de 2012 por serem considerados problemáticos.
A informação foi dada durante a visita do governador de Gaza, Raimundo Diomba, à região onde fica situado o Parque Nacional do Limpopo e prenhe de casos relacionados com o conflito Homemfauna bravia.
Falando aos camponeses do posto administrativo de Zulo, em Massingir, Diomba afirmou que o mais importante para evitar o conflito é tentar não estar na rota dos animais e/ou utilizar métodos tradicionais para eles se afastarem das zonas habitadas pela população e onde se pratica a actividade agrícola.
Este conflito faz-se sentir com acuidade mais nas zonas baixas ao longo do rio dos Elefantes onde os camponeses realizam as suas actividades de produção agrícola e os animais bravios vão para beber água, numa área estimada em cerca de 10 hectares.
Uma outra medida tomada pelo governo distrital de Massingir visando mitigar o conflito é a colocação de uma vedação de 56 quilómetros seguindo o rio dos Elefantes, partindo da barragem de Massingir até ao distrito de Mabalane, separando o viveiro dos animais e a zona habitacional, segundo Baldeu Chande, administrador do Parque Nacional do Limpopo.
Óbitos
Ao longo dos primeiros três meses foram devoradas pelos animais três pessoas e outras três ficaram com ferimentos graves resultantes de ataques de crocodilos.
Diomba considerou, entretanto, que a caça furtiva está a matar animais e camponeses que diariamente atravessam o parque transfronteriço à procura de cornos de rinocerontes para a comercialização no mercado asiático.
A título de exemplo, um moçambicano identificado com o nome Bento Zeca Pequenino foi alvejado mortalmente a tiro por fiscais do Parque Nacional de Kruger quando, surpreendido juntamente com o seu colega de nome Silva Ngovene, estava a caçar rinocerontes à calada da noite naquela estância turística da vizinha África do Sul.