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Mina Impala: moçambicanos retomaram seus postos de trabalho

A maioria dos mineiros moçambicanos contratados pela companhia mineira “Impala Platinum”, em Rustenburg, na Província sul-africana de Noroeste, já retomaram os seus postos de trabalho, segundo um levantamento feito pela equipa do Ministério moçambicano do Trabalho (MITRAB) no local.

Os trabalhadores desta empresa mineira sul-africana vinham observando uma greve durante as últimas semanas.

Segundo dados do MITRAB, antes da eclosão da greve, a 19 de Janeiro passado, a mina empregava 26 mil trabalhadores, dos quais 1.860 moçambicanos.

Contudo, este número de moçambicanos sofreu uma baixa com o assassinato de dois mineiros, protagonizado por colegas grevistas quando tentavam retomar as suas actividades, no passado dia 24 de Fevereiro, para além de outros três feridos que se encontram internados no Hospital de Rustenburg, pertencente àquela companhia mineira.

Um acordo entre as partes em litígio foi alcançado na passada sexta-feira, 2 de Março, que permitiu o reinício total das actividades na mina na passada segunda-feira, incluindo os cinco mil promotores da manifestação, os vulgos RDO`s (operadores de máquinas perfuradoras).

“Os 17.200 trabalhadores, incluindo 100 moçambicanos, que tinham sido abrangidos pela medida tomada pela gerência, que foi a rescisão unilateral dos seus contratos, por considerá-los os protagonistas, já foram reintegrados com base no referido acordo”, refere um comunicado do MITRAB.

Trata-se do segundo acordo em cerca de uma semana, tendo o primeiro se apresentado ineficaz, após a recusa dos visados quanto à posição do patronato, que excluía ainda cerca de 2.500 grevistas, conotados como os principais autores.

Actualmente, segundo o comunicado, decorre um trabalho envolvendo a mina, as empresas e agências que prestam serviço à companhia, bem como o hospital local e a Delegação do MITRAB na RAS (pela parte moçambicana), para determinar o número exacto dos trabalhadores e as suas nacionalidades.

A Comissão dos Trabalhadores moçambicanos afasta a possibilidade de alguns compatriotas terem regressado a Moçambique ou não terem apresentado, pois todos já se inscreveram, tendo sido readmitidos à luz da primeira modalidade introduzida pela entidade patronal.

“Em relação ao corpo do último dos dois mineiros moçambicanos falecidos em consequência da greve na companhia, Augusto Cassimo Malela, natural de Homoíne, Província de Inhambane, o MITRAB está a trabalhar com as entidades competentes tendo em vista a transladação dos respectivos restos mortais para o funeral na terra natal”, refere o comunicado.

A morosidade do processo, segundo o MITRAB, deve-se a indefinição no seio dos familiares, sobre a pessoa que deverá se deslocar a África do Sul para transportar o corpo, prevendo-se que problema seja resolvido ao longo da semana corrente.

Os restos mortais do outro mineiro moçambicano, Aurélio Zaqueu Cuamba, já foram a enterrar no Sábado passado em Inharrime, sua terra natal.

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