Em 2011, o défice orçamental foi contido na banda dos 27% face ao previsto na lei orçamental aprovada pela Assembleia da República (AR) para aquele período.
De acordo com o balanço preliminar do Ministério das Finanças sobre o seu desempenho relativo a 2011, neste período, o défice orçamental foi de 46,9 biliões de meticais, contra uma previsão de 64,2 milhões de meticais.
A despesa total foi de 128 biliões de meticais, contra 141,8 biliões que tinham sido previstos na referida lei, representando o equivalente a uma realização de 97,5%.
Evitar exemplo da Europa
Estes resultados “demonstram, claramente, que a execução orçamental foi feita de forma a contribuir para a estabilidade macroeconómica e para a promoção do crescimento económico sustentável”, segundo Manuel Chang, ministro das Finanças.
Chang chamou, entretanto, a atenção dos trabalhadores do seu ministério para não levar a economia do país “à insustentabilidade financeira e/ou à crise de endividamento como está a acontecer neste momento nalguns países da Europa”.
No âmbito do investimento, o Estado gastou, em 2011, cerca de 52,4 biliões de meticais, representando um crescimento de 27,9%, dos quais 20,3 biliões de meticais da componente interna e 32,1 biliões de meticais da componente externa que representou 72,6% do valor aplicado na área de Investimentos.
Chang disse que este nível de execução poderá vir a aumentar por estar ainda a decorrer a recolha e reconciliação da informação dos projectos executados fora da Conta Única do Tesouro e sob gestão de parceiros internos e externos do Governo.
Finalmente, as operações financeiras do Estado que se destinam a potenciar outros sectores da economia a implementarem projectos estruturais de desenvolvimento e também amortizar as suas dívidas atingiram 4,9 biliões de meticais, igualmente em 2011, o correspondente a um aumento em termos reais de 39.1%.
