Vladimir Putin obteve uma retumbante vitória nas eleições presidenciais da Rússia, no domingo, mostraram pesquisas de boca de urna. Com isto, assegura um novo mandato de seis anos para assumir o Kremlin e para lidar com os protestos de oposição, que após a votação acusou de ter sido fraudada.
Duas pesquisas de boca de urna da televisão, divulgadas após o término da votação, deram a previsão que o primeiro-ministro venceria com 59,3 e 58,3 por cento dos votos, o que facilmente torna um segundo turno contra o candidato em segundo lugar desnecessário.
O seu rival mais próximo, o líder do Partido Comunista, Gennady Zyuganov, ficou abaixo de 20 por cento em ambas as pesquisas. Zyuganov disse que o seu partido não reconheceria os resultados oficiais da eleição, chamando-a de “ilegítima, desonesta e não transparente”.
Putin descartou rapidamente as acusações de fraude, que serão repetidas pela oposição em protestos que começam na segunda-feira.
“Esta é a eleição mais limpa em toda a história da Rússia”, disse o chefe da campanha de Putin, Stanislav Govorukhin. “As violações que nossos rivais e os opositores do presidente falarão agora são para rir”.
Os resultados oficiais da maior parte dos colégios eleitorais são esperados para segunda-feira.
Uma multidão enorme, na sua maioria de jovens apoiadores de Putin, reuniu-se à noite em uma praça do lado de fora do Kremlin, acenando bandeiras russas. Espera-se também que o ex-espião da KGB retorne ao Kremlin com duros discursos de luta contra o Ocidente, uma marca registrada do seu primeiro mandato como presidente e nas campanhas eleitorais. Economistas dizem que o principal teste da volta de Putin ao governo seria ver o quão longe ele estaria disposto a ir para reformar uma economia extremamente dependente em exportação de energia.
Os opositores do candidato eleito disseram que a votação em muitas partes do vasto país foram envieasadas a favor de Putin e juraram continuar com os maiores protestos vistos desde que ele chegou ao poder, há 12 anos.
“Nós não consideramos estas eleições legítimas”, disse um dos líderes dos protestos de oposição, Vladimir Ryzhkov, que planeja um novo comício contra Putin em Moscovo na segunda-feira.