Manifestantes empunhando facas mataram 13 pessoas na região de Xinjiang, na China, na noite da Terça-feira, segundo a agência oficial de notícias Xinhua e autoridades do governo, no mais recente espasmo de violência que atinge a região etnicamente dividida, no noroeste do país.
A polícia matou sete manifestantes em resposta, informou o governo. O governo de Xinjiang disse que as mortes aconteceram numa movimentada rua de pedestres no condado de Yecheng, perto de Kashgar, uma cidade no sul da província que tem sido assolada por tensões entre o povo Uigur, de maioria muçulmana, e os chineses da etnia Han.
“Nove violentos terroristas lançaram-se de repente contra a multidão e esfaquearam pessoas inocentes até a morte com facas, causando a morte de 13 inocentes e ferindo muitos outros”, de acordo com o comunicado oficial no portal de notícias www.tianshannet.com.
“A polícia chegou rápido no local, enfrentou a situação com determinação e matou sete violentos terroristas e capturou dois”, concluiu.
O governo local não identificou nenhum dos atacantes ou informou a sua etnia, nem identificou a etnia das vítimas.
Yecheng, também conhecida pelo nome Uigur de Kargilik, fica perto da região contestada da Caxemira, que é parcialmente controlada pela Índia e pelo Paquistão.
A China atribuiu os incidentes anteriores de violência a partidários religiosos que querem estabelecer um Estado independente chamado Turquestão do Leste.
Os grupos exilados de uigures e activistas de direitos humanos, porém, dizem que a China exagera sobre a ameaça imposta por militantes em Xinjiang.
“Na ausência de evidências convincentes, os observadores internacionais devem ser extremamente cuidadosos ao ouvir as afirmações chinesas sobre ‘agitadores’ e ‘terroristas'”, disse o presidente da Associação Norte-Americana Uigur, Alim Seytoff, num comunicado por e-mail.