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Milhares de russos serão monitores contra fraudes nas eleições

Antes que as autoridades homologassem os resultados da sessão eleitoral 81, de Moscovo, nas eleições parlamentares russas de Dezembro, a chefe da comissão eleitoral local fugiu com as cédulas.

As autoridades contaram que esperaram até quase uma hora, e então desistiram e foram para casa.

Um guarda, mais tarde, contou que Klavdia Titova, a funcionária fujona, havia sido vista a deixar o prédio por uma janela no primeiro andar.

Quando ela reapareceu, no dia seguinte, 322 votos adicionais haviam sido incluídos na contagem do partido Rússia Unida, do primeiro-ministro Vladimir Putin, segundo documentos de um tribunal.

Um funcionário disse que a sua assinatura foi falsificada no protocolo. A Justiça rejeitou um recurso do Partido Comunista contra os resultados, e, durante o processo, Titova recusou-se a comentar as acusações à Reuters.

Relatos como esse levaram dezenas de milhares de russos a credenciarem-se como monitores eleitorais nas eleições presidenciais de Domingo, na esperança de evitar a repetição de supostas irregularidades que marcaram o pleito de Dezembro.

As acusações de fraude motivaram uma mobilização popular e desencadearam os maiores protestos da oposição desde que Putin ascendeu ao poder, 12 anos atrás, embora ele continue a ser franco favorito para vencer as eleições.

“Nunca havia antes entrado na minha cabeça que uma pessoa comum pudesse ser monitor eleitoral. Mas depois das eleições de Dezembro ouvi de amigos que haviam sido observadores e que ficaram chateados com as falsificações que eu também poderia tentar fazer alguma coisa”, disse a tradutora Natasha Vostrikova, de 28 anos.

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