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Navio da Costa Cruzeiros fica à deriva no Índico depois do incéndio

Um navio da Costa Cruzeiros, a mesma companhia proprietária do Costa Concordia, que naufragou em Janeiro na Itália causando pelo menos 25 mortes, está à deriva, esta Segunda-feira, no oceano Índico, depois de um incêndio na casa de máquinas, segundo a empresa.

A companhia afirmou que o incêndio no Costa Allegra, um navio de 29 mil toneladas, já foi controlado e que nenhum tripulante ou passageiro ficou ferido. A causa do incêndio ainda não foi esclarecida.

O Costa Allegra, que está com 636 passageiros e 413 tripulantes, é bem menor que o Costa Concordia, que afundou parcialmente a 13 de Janeiro depois de colidir com rochas na imediação da ilha de Giglio.

Os mergulhadores ainda procuram os corpos de sete desaparecidos. O incêndio no Allegra aconteceu cerca de 200 milhas a sudoeste das ilhas Seychelles e causou falta de energia nos motores.

“O navio está à deriva, sem energia, mas a situação é calma, e o capitão reuniu os passageiros nos deques do navio”, disse o director de operações náuticas da companhia, Giorgio Moretti, numa teleconferência com jornalistas.

Um gerador garante a iluminação a bordo, mas não há ar condicionado nem cozinha, e isso obriga os passageiros a viverem à base de pão, água e frutas, até que um helicóptero chegue, Terça-feira de manhã, com mais provisões, segundo Moretti.

Os passageiros são de 25 nacionalidades, principalmente franceses e italianos. Há quatro crianças a bordo. Eles estão protegidos por nove membros da unidade de combate à pirataria da Marinha italiana, uma precaução habitual nas embarcações que navegam pelo Índico.

“O barco não está numa área de alto risco (de piratas), mas não podemos ficar cem por cento seguros”, disse Moretti.

Em nota, a Guarda Costeira italiana disse que o mar na região está moderadamente calmo, mas há rajadas de vento de até 25 nós (46,3 quilómetros por hora).

O executivo disse também que o Allegra está estável, sem risco de encalhar ou bater nas pedras. Um navio cargueiro deveria chegar até a embarcação por volta de 20h (hora de Brasília), seguido por dois barcos pesqueiros franceses e por dois rebocadores das Seychelles, Terça-feira à tarde.

A companhia ainda não decidiu se irá transferir os passageiros para esses barcos, ou se os manterá no Allegra até que o navio seja rebocado para as Seychelles ou para a ilha Alphonse, a cerca de 20 milhas.

As acções da empresa Carnival Cruises, dona da Costa Cruzeiros, tiveram ligeira queda na Bolsa de Londres depois da divulgação das notícias sobre o Allegra.

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