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Mineiro moçambicano encontrado morto nos arredores de Rustenburg

Um mineiro moçambicano e dois outros ainda não identificados foram mortos por desconhecidos nas imediações da mina de platina Impala, nos arredores de Rustenburg, noroeste da África do Sul, disse, Sexta-feira, um porta-voz da Polícia local.

O corpo do mineiro moçambicano, de 54 anos, foi descoberto na manhã da Sexta-feira, perto de umas casas de um bairro social a poucas centenas de metros do poço número nove da mina de Impala, acrescentou.

A vítima apresentava sinais claros de ter sido agredida, provavelmente com barras de ferro, disse o brigadeiro Thulani Ngubane.

Eleva-se assim para três o número de vítimas mortais da violência relacionada com o conflito laboral na maior mina de platina da região, onde se encontram alguns dos maiores depósitos do mundo daquele metal precioso.

Uma greve ilegal na mina de Impala levou ao despedimento de 17 mil mineiros, paralisação das operações e readmissão de milhares de trabalhadores.

Num comunicado emitido semana passada pelo director- executivo da Impala Platinum (Implats), Johan Theron, a empresa confirma as três mortes, bem como a existência de três feridos em estado grave, vítimas na noite de quinta-feira de espancamentos, lamentando a persistência do clima de violência nas instalações e em redor da empresa.

A maior parte dos actos de violência tem origem em divergências entre grupos e sindicatos representativos dos mineiros, que não se entendem sobre as condições de regresso ao trabalho depois de a empresa ter despedido 17.200 mineiros no início do mês, na sequência de uma greve ilegal.

“É lamentável que elementos criminosos se estejam a aproveitar da situação, que já por si só é volátil”, disse Theron.

Os diferentes grupos discordam dos apelos de regresso ao trabalho lançados nos últimos dias pela Implats e pela central sindical COSATU, antes de um acordo com a empresa sobre eventuais perdas de benefícios pelos que foram despedidos e posteriormente readmitidos.

A empresa afirmou estar a perder três mil onças (85.050 gramas) diárias na produção de platina devido às paralisações laborais, o que representa uma perda de 65 milhões de randes (aproximadamente 240 milhões de meticais) em receitas diárias.

Embora os números fornecidos por sindicatos e empresa tenham variações, a versão oficial do sindicato dos mineiros (NUM) aponta para uma reivindicação salarial mínima de nove mil randes (32.400 meticais) mensais para todos os mineiros do sector, além de uma recusa de benefícios e salários diferentes para as várias categorias de trabalhadores das minas.

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