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Presidenciais senegalesas ameaçadas pela violência

As eleições presidenciais deste domingo podem mergulhar o Senegal em mais um surto de violência. A Missão da União Africana lançou um apelo, para que a violência seja evitada a todo o custo.

Mas a oposição continua a contestar a candidatura de Abdoulaye Wade que promoveu uma revisão constitucional, para poder concorrer a um terceiro mandato de sete anos. Ele que já tem 85 anos, terminaria o mandato com 92.

A União Africana propôs uma redução da duração do mandato, para dois anos. Wade recusou, dizendo que os seus projectos precisam de, pelo menos, três anos. A oposição também não aceitou. Quer apenas a retirada de Wade da corrida.

Para evitar o banho de sangue, a União Africana fez um segundo apelo – que, ao menos, as eleições sejam justas, livres e transparentes.

Mas há um aspeto curioso: a missão da UA é chefiada por Olusegun Obasanjo que, em 2006, quis fazer a mesma coisa na Nigéria. Nessa altura, por ironia, foi Wade que o convenceu a desistir do terceiro mandato.

 

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