Arranca na próxima quinta-feira, 16 de Fevereiro, o Festival Internacional Music Crossroads. O evento que decorre em diversas casas da cultura da cidade de Maputo associa artistas oriundos de diversas partes de Africa e do mundo. O seu fim está agendado para o dia 19 do mês em curso.
Maputo, uma cidade cuja dinâmica cada vez mais crescente, em termos de eventos culturais impõe-a no mundo como um espaço cosmopolita, acolhe desde ontem, dia 16, até 19 de Fevereiro em curso o Festival Internacional Music Crossroads.
Os criadores do evento entendem que uma forma de dotar as bandas musicais, (sobretudo as compostas por jovens) que nos últimos anos têm surgido, é “lhes oferecerem” um programa contínuo por meio do qual possam aprender como fazer uma boa gestão das suas carreiras – colectivas assim como individuais.
Foi neste sentido que no ano de 1996 se criou esta iniciativa que associa artistas de diversas partes do continente africano e do mundo com enfoque para colectividades musicais cujos elementos têm idades compreendidas entre 15 a 25 anos.
Trata-se de bandas como Nandov e Tudulos, ambas de Moçambique, Savannah Afro’s de Zimbabwe, Twetulobo da Zâmbia, Mickey Boccar da Bélgica, Algot da Suécia e, por fim, Meanwhile e Firda Billay da Noruega.
No final, uma delas será eleita para realizar uma digressão pela Europa no verão do ano em curso. Um júri internacional composto por programadores de festivais e gestores de carreiras artísticas foi criado para o efeito.
Assim na noite da próxima quinta-feira, artistas oriundos (e/ou provenientes) de países como Malawi, Tanzânia, Zimbabwe, Zâmbia, Bélgica, Suécia e Noruega irão dar corpo ao primeiro concerto no Bar Gil Vicente.
Nos dias 17, 18 e 19 o festival terá lugar, respectivamente, no Africa Bar, na FEIMA e no Centro Cultural Municipal Ntyndza.
No entanto, de acordo com os mentores da iniciativa além de concertos musicais serão realizadas palestras sobre como gerir uma carreira artística – e fazer dos músicos pessoas bem sucedidas – numa profissão cujo assédio pelo qual, muitas vezes, passam ao despertar a admiração de inúmeros fãs, faz com que a sua carreira corra o risco de ser interrompida prematuramente pelos perigos de contrair uma série de vícios e doenças com destaque para o vírus de HIV/SIDA.
O outro aspecto inerente à iniciativa evidenciado organização ao nível de Moçambique é a aposta no trabalho formativo (contínuo) oferecido pelas academias de arte e cultura.
Recorde-se que desde o seu surgimento – em 1996 – o Festival Internacional Music Crossroads tem registado um desenvolvimento assinalável tendo alcançado, até o presente momento, mais de 4500 jovens músicos, assim como uma audiência combinada de mais de 75000 pessoas por ano, nos cinco países envolvidos.
Kapa Dech, Timbila Muzimba e Djaaka são algumas colectividades musicais moçambicanas que foram eleitas nas edições passadas do Festival Internacional Crossroads. Aliás, inclui-se a participação em eventos culturais internacionais, assim como as digressões dos grupos Kakana, Nfithe, Nyasha, Tudulos, entre outras bandas moçambicanas pelo mundo no contexto da mesma iniciativa.