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Manuel de Araújo tenta salvar Mussa Bin Bique

O Presidente do Concelho Municipal da Cidade de Quelimane, Manuel de Araújo, diz estar aberto para salvar a Universidade Mussa Bin Bique, delegação de Quelimane, na alocação dum espaço ao nível da autarquia para a construção do seu Campus Universitário.

Esta manifestação foi tornada pública, esta semana, aquando dum encontro havido entre a direcção máxima daquela universidade e a edilidade de Quelimane.

No encontro, mais uma vez, Araújo disse que é preciso que se criem condições para que a UMBB seja igual a outras e que de forma competitiva também possa proporcionar educação de qualidade, visto que o país não precisa, na óptica do edil de Quelimane, de quantidades, mas sim de qualidades.

Presente no encontro, o reitor da Universidade Mussa Bin Bique, Francisco Alar, disse que um dos grandes problemas que a sua delegação em Quelimane enfrenta é a falta de espaço para erguer as suas infra-estruturas, dai que o terreno que requereram ao Conselho Municipal e foram cedidos precisa de trabalhos de aterro, por situar-se numa zona pantanosa.

Alar diz que com esta abertura dada pelo edil de Quelimane, abre-se uma página nova na história da universidade ao nível da cidade de Quelimane, já que os estudantes sempre reclamam pela falta de condições.

Neste encontro, tanto o edil Manuel de Araújo como o reitor da Mussa Bin Bique não disseram quando é que cada uma das partes vai fazer o que lhe cabe, dai que resta saber se não é mais um plano dos tantos que existem.

Polémicas na UMBB

Já vai algum tempo que as coisas não andam bem na Universidade Mussa Bin Bique. Aliás, a Associação dos Estudantes daquela universidade dirigiu uma missiva à reitoria reivindicando uma série de coisas, uma das quais é a falta de condições para receberem aulas.

Na carta, pode-se ver que os estudantes recebem aulas em salas não próprias e alugadas de terceiros e que, em alguns casos, por não honrarem-se os compromissos, os estudantes viram-se forçados a abandonar alguns locais onde recebiam aulas, e aqui pode-se apontar o caso da Escola Industrial, onde a UMBB havia feito um contrato para que os estudantes recebessem aulas.

Depois de algum tempo, os estudantes foram evacuados e isso, na óptica da associação, só trouxe prejuízos nos estudantes.

E mais, os estudantes lamentam e reclamam também a subida drástica das mensalidades naquela universidade, mas que esta subida não é acompanhada pela qualidade e disponibilização de materiais didácticos.

A universidade, para além de não ter infra-estruturas, também não tem biblioteca, laboratórios e outras ferramentas básicas para o ensino e aprendizagem.

Quando abordamos, nessa altura, o reitor daquela universidade disse que as reclamações dos estudantes não tinham fundamentos, dai que aquela universidade não iria arredar o pé e tudo faria para que as aulas iniciassem.

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