Dezenas de sobreviventes do naufrágio do navio Costa Concordia na Itália aderiram, recentemente, a uma acção judicial na Flórida, que acusa os proprietários da embarcação de fraude e negligência, solicitando pelo menos 528 milhões de dólares em indemnizações.
Uma versão emendada do processo foi protocolizada, Terça-feira, num tribunal de Miami, tendo como réus a empresa Carnival Corp, que tem sede em Miami, e várias das suas subsidiárias, inclusive a Costa Cruise Lines, da Flórida, e a Costa Crociere, da Itália.
Seis sobreviventes iniciaram a acção em Janeiro, mas depois disso outros 33 aderiram, elevando o total a 39. A Carnival não quis comentar o processo.
O Costa Concordia afundou a 13 de Janeiro na costa da ilha italiana de Giglio, com mais de 4.200 pessoas a bordo, das quais 32 morreram. A Costa Crociere, operadora do navio, atribuiu o acidente a uma negligência do seu comandante, que teria se aproximado demais à ilha.
A acção diz que a tripulação não realizou exercícios de segurança, que o navio estava fora da rota, que o capitão esperou demais para dar a ordem de evacuação, que os funcionários atrapalharam-se nessa operação, e que a empresa causou danos emocionais ao não fornecer uma assistência rápida e imediata aos sobreviventes.
“Os autores da acção viram-se num navio que adernava, virava e afundava, sem comunicação, orientação ou ajuda do capitão, e com orientações equivocadas dos tripulantes entre aproximadamente 21h45 e até aproximadamente 23h, e foram deixados para se virarem sozinhos”, diz a acção.