O temor de que as temperaturas poderiam estar a subir perigosamente num reator da usina nuclear japonesa de Fukushima Daiichi, parcialmente destruída por um tsunami em março, pode ter sido um falso alarme, disse a empresa operadora nesta segunda-feira.
Instrumentos mostraram nesta segunda-feira que a temperatura dentro do reator 2 da usina havia chegado a 90ºC, o dobro do que era havia um mês, e próximo do ponto de ebulição, o que poderia causar a evaporação da água que resfria o reator, iniciando um novo processo de fusão nuclear. Mas provavelmente a medição foi feita por um termômetro defeituoso, disse a empresa Tepco, que opera a usina, situada 240 quilômetros a nordeste de Tóquio.
A empresa disse que, atirando água, conseguiu reduzir a temperatura em dois outros pontos do reator, de mais de 40ºC para cerca de 33ºC. O fato de haver indicação de elevação em um ponto isolado, enquanto a temperatura cai em dois outros lugares, levou a empresa a crer no defeito do termômetro, segundo o executivo Junichi Matsumoto.
A falta de vapor no reator também indica que não está a haver evaporação da água.