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Criança vítima de crime hediondo na cidade de Tete

Um criança de seis anos de idade perdeu a vida na última quinta-feira, no bairro Samora Machel, na cidade de Tete, após ter sido raptada, violada sexualmente, envenenada e ter os seus órgãos de genitais decepados.

Segundo a Rádio Moçambique, este crime macabro foi cometido por indivíduos desconhecidos, ainda a monte, que se introduziram na calada da noite na residência onde a vítima, que em vida respondia pelo nome de Sónia Adelino José, dormia na companhia por outros três irmãos, e raptaram a menor sem que ninguém se tivesse apercebido no momento.

Citando pela Agência Lusa, o porta-voz do comando da polícia em Tete, Jaime Bazo, disse que “Exames preliminares da equipa médica que se deslocou ao local do crime indicam que a vítima foi envenenada antes de ser violada sexualmente e extraídos os órgãos genitais. A polícia está a trabalhar para esclarecer este crime inédito”.

O responsável acrescentou que se supõe que a mutilação dos órgãos genitais da menor esteja ligada a práticas “obscuras” e que se trata do primeiro rapto de menores que ocorre na província de Tete este ano. “São comuns casos de raptos de menores que a polícia tem esclarecido. Este é o primeiro caso este ano e único deste género registado pela polícia”, indicou à Lusa Jaime Bazo, referindo que, em 2011, houve apenas um caso de rapto.

No ano passado a polícia de Tete, deteve um casal na posse de vários órgãos humanos, supostamente extraídos de túmulos de um cemitério tradicional, nos arredores da cidade capital. Os envolvidos confessaram pretender “adquirir riqueza”.

Em Moçambique, sobretudo no centro do país, é frequente o registo de casos de violação sexual de menores e extracção de órgãos genitais, ligados à prática de feitiçaria para o “enriquecimento ilícito”. Os curandeiros “usam sangue de virgens” para um ritual tradicional para o enriquecimento, sendo que alguns pais chegam a violar as suas próprias filhas, indicou uma fonte ligada à Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique (AMETRAMO).

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