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Juiz espanhol Garzón é condenado a 11 anos sem exercer a sua profissão

O Supremo Tribunal da Espanha condenou, esta quinta-feira, o juiz Baltasar Garzón a 11 anos de inabilitação profissional, cessação do direito de exercer as suas funções, por ter ordenado a gravação ilegal de conversas de advogados da defesa num caso de corrupção, disse uma porta-voz do tribunal.

A decisão põe fim à carreira do magistrado espanhol mais conhecido no mundo. Garzón, de 56 anos, foi condenado porque o tribunal considerou que ele transgrediu e violou os direitos básicos ao ordenar a gravação de conversas dos supostos líderes da rede de corrupção com os seus advogados na prisão.

Contra essa sentença unânime não cabe apelação. Este caso é separado de outro em que Garzón está a ser investigado, acusado de violar uma lei de amnistia ao ordenar uma investigação sobre o assassinato de milhares de civis durante as quatro décadas de ditadura do general Francisco Franco, que morreu em 1975.

Garzón ganhou fama internacional com a sua tentativa de extraditar o ditador chileno Augusto Pinochet da Grã-Bretanha em 1998 para responder a violações de direitos humanos depois do seu golpe de Estado no Chile, em 1973.

A sua iniciativa estabeleceu um precedente para o princípio de que os crimes contra a humanidade podem ser investigados em qualquer parte do mundo.

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