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Um homem do povo

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@Verdade ouviu, de forma aleatória, três gerações sobre o pensamento de Samora Moisés Machel, o primeiro Presidente de Moçambique independente. Todas gabam-lhe a honestidade e o amor pelo povo. As crianças, regra geral, pouco ou nada sabem da sua figura. Os jovens, assim como os idosos, dizem que os actuais líderes escamoteiam os seus ensinamentos.

João Mahala, de 80 anos

“Vi Samora pela primeira vez no estádio da Machava, no dia 25 de Junho de 1975”, assim, sem rodeios, João Mahala, um ancião de 80 anos de idade, recorda a primeira vez que os seus olhos viram a figura do primeiro Presidente de Moçambique independente, Samora Moisés Machel.

Antes da proclamação da independência, Mahala só ouvia Samora pela rádio, mas o que chegava aos seus ouvidos despertava nele a necessidade de conhecer o dono da(quela) voz autoritária. Para ele, Samora era uma pessoa desafiadora e empolgante.

“Lembro-me do discurso fantástico proferido por Samora para os jovens aderirem ao plano da luta para libertar o país. O discurso era tão envolvente que todos nos sentíamos na obrigação de fazer qualquer coisa pela libertação de Moçambique. Só não me filiei no exército, devido a certos impedimentos de ordem familiar.”

Quanto à imagem de Samora no período pós-independência, Mahala vê uma figura cujo plano para o país era fabuloso. “Diferentemente de muitos políticos que podemos ver nos dias que correm, Samora era uma pessoa que revelava um plano de desenvolvimento baseado no auto-sustento. Ensinava o povo a importância de produzir para vencer as dificuldades que a vida impunha. Samora não era uma pessoa de fazer promessas para granjear a simpatia das massas”.

No que concerne à política de educação, Mahala considera que Samora não teve tarefa fácil, pois enfrentou um povo maioritariamente analfabeto, que não tinha a noção do projecto do seu líder. “Havia, na altura, uma negação à mudança. Há quem ainda preferia estudar a História e Geografia de Portugal. Foi uma tarefa difícil fazer o povo acreditar que precisava de conhecer a sua própria realidade, estudando o que lhe circundava.”

Outro ponto importante, no entender de Mahala, foi o combate contra o regionalismo e o tribalismo. Diz ter tido importante começar a lutar contra isso quando o país acabava de sair do colonialismo. Até porque, explica, o colono sempre dividiu para reinar, e o Presidente foi muito cauteloso neste aspecto, quando proclamou a independência e decretou guerra ao tribalismo.

“A escolha da política comunista foi positiva para um país que estava antes dividido, porque senão teria mergulhado num conflito como o que sucedeu no Sudão”, disse. “O socialismo tem a capacidade de colocar as pessoas em compromisso com o Estado e colocando-o acima de todos interesses, o que a democracia não consegue fazer. Foi este cuidado que o Presidente Samora teve, quando após a independência adoptou um regime comunista.”

Já a terminar, Mahala diz-se insatisfeito com a maneira como os actuais governantes dirigem o país, primeiro porque sente que todos os planos de desenvolvimento que Samora pretendia implementar, antes da sua morte, foram abandonados. Segundo, porque o país perdeu a auto-estima. “Estamos a importar tudo, desde políticas até a própria comida”, finalizou.

Joaquim Sendela, de 77 anos

Joaquim Sendela tem 77 anos de idade e quando se lhe questiona sobre Samora a sua voz revela a dor que o seu desaparecimento físico plantou no seu coração. Para Sendela o país seria diferente do que é hoje. Aliás, “se Samora fosse vivo nada do que está a acontecer estaria a acontecer desta forma. Samora era uma pessoa organizada, sabia o que o povo queria. Não mandava fazer, mas participava na obra”, diz.

Sendela acha que Samora era tão sério e cauteloso nos planos que traçava para o país, daí que muitos deles se tenham concretizado. Questionado sobre os tempos de “abastecimento”, a nossa fonte disse que esta medida não visava “castigar” os moçambicanos, como muitos pensam, mas sim educá-los a trabalhar para produzir.

“O abastecimento não era para castigar ninguém, mas para mostrar que o crescimento do país dependia dos próprios moçambicanos.” Sendela faz a ponte, condenando os actuais líderes africanos pela sua forma de governar e a dependência da ajuda externa.

Ou seja, “os nossos actuais líderes passam a vida com a mão estendida na Europa e na América. Samora fazia o contrário, ele estava a criar condições para que um dia os europeus e americanos viessem bater à nossa porta com a mão estendida”.

Sendela é contra todas as formas ou tentativas de governação impostas pelos americanos. Parte do exemplo da Cuba (onde estudou) e afirma que o que Samora pretendia fazer com Moçambique é o mesmo que Kadaffi, fez com a Líbia. “Samora, tal como Kadaffi, pretendia tornar África um continente autónomo, mas porque os ´brancos ` querem que dependamos deles, então mataram Samora, assim como Kadaffi.”

Agostinho Chilengue, de 24 anos

Agostinho Chilengue, de 24 anos, estudante da 12ª classe na Escola Secundária de Mahlazine. Nascido em 1988, dois anos após a morte de Samora Machel, só sabe de algo ligado a esta figura através de relatos populares e dum pouco daquilo que lê.

Chilengue assume que se sente desconhecedor da vida e obra de Samora Machel, tudo porque, segundo ele, há muita coisa contraditória que se diz sobre Samora.

“Eu acho que cada um, na sua cabeça, constrói o seu Samora. Temos ouvido muito acerca dele, há coisas que se contradizem e fica difícil decidir em que acreditar.”

Apesar disso, através de algumas fontes que lhe parecem seguras, para o caso concreto dos vídeos que têm sido exibidos nalguns canais de televisão, Agostinho vê em Samora Machel uma pessoa comprometida com o seu povo. “As longas horas de discurso, falando de coisas que mexiam directamente com o povo, mostram que Samora era uma figura conhecedora das necessidades do povo que dirigia.”

Para a nossa fonte, Samora não se limitava apenas a ouvir o que lhe era dito pelos seus assessores, ia ao encontro da realidade, falava com o povo directamente, porque conhecia a preocupação de cada parcela do país.

Como jovem, Chilengue diz que a política educacional de Samora extrapolava a mera formalidade que a educação oferece nos dias que correm. Embora desconheça as bases em que se fundou o referido sistema educacional, acredita que tinha mais qualidade do que o actual.

Dá como exemplo o facto de muitos jovens do liceu terem sido “arrastados” para darem vida ao sistema educacional vigente na altura, tendo estes conseguido dar conta do recado.

“É incrível que muitos jovens que na altura estavam no liceu tenham conseguido formar muitos e bons quadros de que dispomos actualmente” disse, acrescentando que “nos dias que correm até mesmo quem está na universidade teria dificuldades em passar conhecimento a alguém do ensino primário devido à má qualidade do ensino que temos.”

“Não diríamos que havia muitas oportunidades de emprego, mas assumimos que pelo menos cada um tinha algo que podia fazer e com isso ganhar algum tostão para o seu bem-estar social”. É desta forma que Agostinho avalia as oportunidades de auto-realização disponíveis na altura, se comparadas com as que hoje existem.

“Não posso assumir que estava tudo bem no sector da saúde, mas as estatísticas disponíveis mostram que se morre mais de doenças ‘banais’, hoje do que antes. Penso que havia muita responsabilidade no trabalho e talvez muito amor pelo próximo, em relação aos dias de hoje”, disse.

“O que não consigo perceber é como um indivíduo através do seu discurso, da sua personalidade e actos conseguia influenciar muita gente” finalizou Chilengue.

Sando Massango, de 25 anos

Estudante do Instituto Politécnico de Songo, na província de Tete. Sando começa por afirmar que Samora é nada mais nada menos que o primeiro Presidente de Moçambique independente e o segundo da Frelimo, tendo sucedido a Eduardo Mondlane no comando da guerrilha contra o colonialismo. Diz, citando alguma bibliografia, que este morreu num acidente aéreo em Mbuzine, em 1966.

Para Sando Massango, a coragem de Samora é o item que mais deve ser destacado quando se fala da vida e obra dele. “Para mim, Samora revelou-se mais pela sua coragem e determinação. A maneira como ele dirigiu a luta armada após a morte de Eduardo Mondlane mostra o quanto ele era um homem corajoso”.

A fonte diz ainda que a coragem com que Samora movia a luta de libertação pode ser usada como inspiração para que a juventude de hoje lute contra as diferentes formas de exploração que existiam naquela altura. “Os moçambicanos precisam de resgatar a coragem que Samora tinha, porque acredito que poucos a têm, é por isso que há muita coisa que vai de mal a pior.”

Baseado na célebre frase de Samora Machel, segundo a qual, “as crianças são flores que nunca murcham”, Sando Massango disse que um dos ensinamentos preponderantes que esta personalidade deixou é a necessidade de se investir na vida das crianças, dando-lhes assistência necessária, principalmente no que tange à educação.

“A célebre frase de Samora explica a necessidade existente de se investir nas crianças, dando-lhes educação. É preciso olhar para as crianças como nosso futuro, como pessoas que futuramente poderão exercer certos cargos, isto, acho eu, é o que Samora pretendia com a sua célebre frase”, finalizou.

Valdo Alexandre, de 19 anos

Mostra-se entusiasmado com o que já ouviu a respeito de Samora. Embora o seu conhecimento se baseie em vídeos, relatos populares, entre outros tipos de fontes, Valdo fala com conhecimento de causa, diga-se que conheceu Samora antes mesmo de nascer.

Avança dizendo que Samora foi o primeiro Presidente de Moçambique independente, uma pessoa corajosa que dirigiu uma insurreição armada contra o colonialismo num momento em que tinha tudo para desistir.

“Quando Samora assumiu a direcção da Frelimo, esta estava enfraquecida com a morte de Eduardo Mondlane, seu fundador, mas Samora não desistiu. Ele podia ter revelado cobardia voltando à antiga profissão dele (enfermeiro), mas preferiu lutar por uma causa nacional, a libertação.”

Para a nossa fonte, a imagem de Samora revela a existência de personalidades exemplares e é da opinião de que muitos dos líderes que hoje existem deviam procurar inspiração no pensamento, ideologia e princípios de Samora. “Os líderes africanos deviam inspirar-se na política de Samora, na maneira como ele governava e nas suas qualidades pessoais.”

Valdo diz que lhe impressiona a fidelidade com que Samora governava o seu povo. “Samora estava comprometido com o seu povo”, disse a fonte, acrescentando que “mais do que o compromisso que ele tinha com o povo, estava o amor pela pátria. Samora amava a pátria”.

O jovem termina dizendo que há uma grande necessidade de os líderes africanos, no geral, e os moçambicanos, em particular, valorizarem a obra de Samora através da implementação da sua ideologia, e não só, com a colocação de estátuas em todas as capitais provinciais, como tem vindo a acontecer.

“Colocar estátuas em todas capitais provinciais em homenagem a ele é de menos. O correcto seria a restauração e a implementação da sua ideologia e forma de Governo”, finalizou Valdo.

Wilson Samuel, de 21 anos

A nossa fonte começa a narrar o que sabe sobre a vida e obra de Samora Machel, refugiando-se em dados pessoais da personalidade em causa. “Samora nasceu na localidade de Chilembene, província de Gaza. Formou-se em enfermagem e tencionava fazer um curso superior em medicina, em Cuba”.

O jovem explica que o plano de Samora foi frustrado pelo sentimento de amor à pátria. “Quando se sentiu chamado pela pátria, Samora não hesitou e filiou-se nas forças armadas de libertação do país, ao lado de Eduardo Mondlane.”

Wilson é da opinião de que a coragem, a audácia e o carinho são os adjectivos que, segundo ele, caracterizavam Samora e, por outro lado, devem ser factores de inspiração para a juventude de hoje. Não obstante os tamanhos elogios que rodeiam esta figura, há um aspecto que desaponta a nossa fonte, designadamente a forma como Samora pretendia governar o país.

Wilson acha que o comunismo que Samora teria adoptado como forma de Governo para o país, logo após a proclamação da independência, revelava, até certo ponto, fanatismo pelo poder. Para Wilson, “se Samora fosse vivo e continuasse a governar o país nos moldes desenhados depois da independência, eventualmente estaria numa crise semelhante à da Líbia.”

Wilson não só deprecia, como também elogia a visão que o primeiro Presidente de Moçambique tinha, a de construir um país belo, bem como as suas formas de agir e estar diante do povo.

“Admiro muito a visão de Estado que Samora tinha”, finalizou.

Marisa Mateus, de 12 anos

Estudante da Escola Primária Completa Mártires de Mbuzine.

O que sabe sobre a vida de Samora Machel é que este morreu no dia 19 de Outubro, num acidente aéreo, quando voltava de mais uma missão política. O conhecimento que Marisa tem sobre esta emblemática figura da política moçambicana está directamente ligado à história da escola onde estuda.

O nome atribuído à escola que Marisa frequenta é uma forma de honrar aqueles que, na companhia de Samora Machel, morreram em Mbuzine, África do Sul. Talvez seja por essa razão que a menina olha para a figura de Samora como a de um simples herói perecido num acidente de avião, sem saber em que se teria baseado a sua heroicidade.

Talvez por ser de domínio público, especialmente das crianças, Marisa acrescenta que Samora foi quem disse que “as crianças são as flores que nunca murcham”. “Samora gostava muito das crianças”, disse a menina como quem já tivesse tido um contacto com ele.

A 7ª classe que a menina frequenta confere-lhe capacidade suficiente para saber que foi Samora Machel, perante milhares de pessoas reunidas no estádio da Machava, no dia 25 de Junho de 1975, quem proclamou a independência de Moçambique. “Papá Samora, também proclamou a independência de Moçambique”, finalizou, gaguejando.

Benilde Tsambe, de 13 anos

Estudante da 8ª classe na Escola Secundária Samora Machel, no bairro Magoanine “C”, parece muito conhecedora da obra de Machel, principalmente a que o liga à luta de libertação nacional.

“Samora foi quem dirigiu a luta de libertação nacional, contra o colonialismo português, depois da morte de Eduardo Mondlane”. É desta forma que Benilde começa a demonstrar conhecimento sobre a obra de quem carinhosamente trata por Papá Samora.

Benilde conta que aprendeu, quando ainda estava na escola primária, que Samora foi responsável pela criação do Destacamento Feminino, que era uma das alas das Forças Armadas de Libertação de Moçambique. “Samora também permitiu que as mulheres entrassem na luta armada”, acrescentou a petiz.

A nossa fonte acrescenta que foi sob o comando de Samora que Moçambique veio a alcançar a independência a 25 de Junho de 1975.

Talvez por ser criança e pelo facto de esta frase ter sido criada especialmente para a sua camada, Benilde ainda nos faz lembrar que foi Samora quem afirmou que “as crianças são as flores que nunca murcham”.

Laura Felisberto, de 13 anos

Aluna da 5 ª classe na Escola Primária Artur Canana, Laura é um exemplo vivo de que até a 5ª classe pouco ou nada se aprende sobre Samora Machel.

Nem o que parece evidente Laura sabe dizer. A única coisa que aprendeu é que Samora gostava muito de crianças.

Contrariamente a muitas crianças por nós interpeladas, Laura vai montando o “seu Samora” com base nos retalhos discursivos vindos dos seus pais.

“Papá tem dito que Samora era uma pessoa que ia ter directamente com as pessoas. Uma pessoa que queria que todos vivessem bem”, disse.

“Não gostava de bandidos e as pessoas que roubavam”, acrescentou.

Numa forma de denunciar a viciação das informações que são veiculadas a respeito desta figura, Laura disse ainda que ouviu dizer que Samora morreu no dia 3 de Fevereiro, vítima de uma carta armadilhada.

António Mutoa, sociólogo

Mutoa diz ter conhecido Samora Machel nos princípios dos anos ´60, época em que a célebre figura se destacava na sua militância, nos desafios do povo e como dirigente de um processo cujo fim era defender a pátria e libertar os moçambicanos do jugo colonial. De acordo com o sociólogo, Machel é uma figura incontornável e diferente que sempre lutou para o bem-estar da população.

“Samora Machel é uma figura que sempre continuará a marcar a história deste país e do mundo. Deixou um legado durante o século XX. Foi um homem íntegro, com personalidade e uma figura de admirar, e visionário”, afirmou Mutoa que passou a venerar Samora Machel quando este se colocou à frente da Ofensiva Política e Organizacional, em que definiu e organizou cada sector.

Em relação à sua governação, António Mutoa guarda muitas lembranças daquele dirigente que ele considera ter falecido muito cedo, ou seja, antes de implementar todos os seus planos, e acrescenta que as atitudes tomadas por aquele líder estavam ligadas ao tempo em que Moçambique se encontrava, em que a liberdade do povo era a palavra de ordem.

“Sempre admirei a sua governação porque existiam, naquele tempo, alguns que pretendiam fragilizar a nação, daí que tudo o que se fazia era para pôr ordem, ou seja, disciplinar as pessoas” afirmou, para depois acrescentar que o que mais o marcou naquela época foi a questão do partido único: “Apesar da questão de orientação única, as coisas no país estavam a andar com normalidade rumo à resolução dos conflitos e problemas existentes naquele período”.

Para o sociólogo, se o primeiro Presidente de Moçambique independente estivesse vivo, não teríamos o nível de corrupção e pobreza que temos hoje e as coisas caminhariam rumo à prosperidade que o actual Presidente da República, Armando Guebuza, tem apregoado, quando, na verdade, a situação é bem diferente.

“Teríamos um Moçambique desenvolvido, sem problema de fome nos moldes a que assistimos hoje, falta de água e outros serviços. Aliás, a corrupção com a qual convivemos não estaria na agenda dos funcionários públicos”, afirmou o sociólogo. Mutoa assegura que não tem nada de negativo a dizer sobre a figura do Samora Machel, pois, no seu entender, as coisas más que presentemente são impostas àquela personalidade eram necessários no referido tempo.

António Magandane, fiscal florestal

Avalia a figura de Samora Machel como sendo carismática e um exemplo a ser seguido pelos moçambicanos, pois representa, até aos dias de hoje, a nação moçambicana. “A sua luta estava voltada para o povo. O seu trabalho foi sempre em benefício dos moçambicanos e identificava-se com os seus problemas. É por essa razão que ele sempre será uma figura amada”, afirma e também acredita que, se Machel fosse vivo, o país estaria mais desenvolvimento e com menos problemas de fome.

Álvaro Momade, extensionista

Define Samora Machel como sendo uma figura de dimensão imensurável que lutou para o bem-estar dos moçambicanos e para os países vizinhos de África, além de ter contribuído para o desenvolvimento social e económico registado nos anos ´60 e ´70, para a unidade nacional e entre as nações.

André Celestino, de 78 anos

Para este cidadão, Samora Machel foi uma pessoa respeitosa, com carácter humanista e com uma visão futurista. “Hoje usufruímos das coisas pelas quais ele lutou. As estradas, casas, pontes, escolas, abastecimento de água potável e os hospitais são fruto da sua entrega e por isso é considerado filho dos moçambicanos e de África”, afiançou.

Celestino afirmou que Samora foi uma pessoa honesta, que se identificava com o povo moçambicano, em particular, e com o africano, em geral. “Moçambique seria um país melhor hoje se ele estivesse vivo, mesmo que não fosse Presidente da República. Samora colocava o povo sempre em primeiro lugar”, disse.

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