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Dívida externa do privado preocupa Banco de Moçambique

Por se ter mantido estável e ligeiramente acima da taxa de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), a dívida externa do sector empresarial privado moçambicano foi “preocupante” no período de 2002 a 2009, segundo o Banco de Moçambique (BM).

Por outro lado, as contas externas do país mostraram, entre 2009 e 2011, uma tendência de “insustentabilidade” devido ao rápido aumento das exportações contra “um crescimento menos pronunciado das exportações”, particularmente, quando expurgado o impacto dos grandes projectos, referiu a mesma instituição durante debates decorridos sobre como melhorar a posição das contas externas de Moçambique e sobre a análise de sustentabilidade da dívida externa privada em Moçambique.

Os debates, que envolveram representantes de instituições públicas e privadas do país sobre aqueles dois temas, foram promovidos pelo BM no cumprimento da sua missão de preservar o valor da moeda nacional, o Metical, entendida como de garantir a estabilidade de preços, promoção do crescimento económico e estabilidade do sistema financeiro.

Já no debate sobre “Balanço da Estratégia de Bancarização”, associando-a ao “Papel das Infra-Estruturas na Promoção do Desenvolvimento Económico e na Implantação do Sector e Serviços Financeiros”, foi reconhecido haver ainda “constrangimento ao rápido alargamento dos serviços financeiros para as zonas rurais do país e, de uma maneira geral, para o desenvolvimento económico nacional mais acelerado e integrado”.

Por outro lado, os debates públicos de há uma semana promovidos também pelo BM sobre “Importância da Estabilidade Macroeconómica e do Sector Financeiro no Crescimento da Economia Nacional” trouxeram à tona a importância da promoção da estabilidade macroeconómica e do sector financeiro por serem considerados como pressupostos-chave para que o país cresça de forma rápida e sustentável.

É que a estabilidade macroeconómica inclui a estabilidade de preços, gestão prudente das políticas fiscal e monetária, desenvolvimento equilibrado do sector real, taxas de juro de longo prazo moderadas e de câmbio reais competitivas, além dos rácios da dívida pública sustentáveis e balanços empresariais dos sectores público e privados saudáveis.

Refira-se, entretanto, que o défice orçamental tem vindo a ser financiado com recursos internos e externos, destacando-se, no que tange aos recursos externos, os donativos para programas e créditos externos que têm afectado a estabilidade macroeconómica através de incremento dos encargos da dívida externa decorrentes dos créditos concedidos no contexto do financiamento do Orçamento do Estado.

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