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Frio mata 89 na Europa e cresce a preocupação com o gás russo

O frio recorde nas regiões do Leste Europeu elevou, esta Quarta-feira, para 89 o número total de mortes em decorrência das baixas temperaturas e obrigou a fornecedora de gás russa Gazprom a fazer uma advertência sobre o abastecimento para a Europa.

A Europa desfrutou um inverno relativamente brando até o último fim de semana, quando um sistema siberiano entrou no continente pelo leste.

Uma fonte na empresa que detém o monopólio das exportações de gás na Rússia, responsável por fornecer um quarto das importações de gás da Europa, disse que estava a receber mais pedidos do que podia atender em razão do aumento da demanda na Rússia.

A companhia, entretanto, buscou tranquilizar os clientes. “Apesar do consumo de gás cada vez maior na Rússia em razão das fortes geadas, a Gazprom continua a cumprir as suas obrigações contratuais com os clientes europeus”, informou a empresa por email.

Na Ucrânia, 43 pessoas morreram nos últimos cinco dias, informou o Ministério das Emergências, no inverno mais frio registrado no país em seis anos.

Durante a noite, as temperaturas chegaram a menos 33 graus Celsius e centenas de barracas com aquecimento foram montadas para abrigar os sem-tecto.

Eles dizem que todo oFevereiro será frio, assim como a primeira quinzena de Março; portanto, temos que nos preparar de alguma forma para isso”, disse Victor, que vive nas ruas de Kiev.

A rede de alerta meteorológico europeia Meteoalarm (www.meteoalarm.eu) advertiu sobre as condições “extremamente perigosas” em diversas partes do Leste Europeu, incluindo na Sérvia, onde uma quarta pessoa foi encontrada morta durante a noite nas montanhas de Suvobor, no sudoeste do país.

As forças de segurança de lá e da vizinha Bósnia têm usado helicópteros para levar suprimentos a áreas isoladas pela neve e resgatar os idosos.

A previsão nos Bálcãs é que o tempo piore ao longo da semana. A Meteoalarm informou que o frio intenso deve continuar em muitas regiões da Europa continental, incluindo na Alemanha e especialmente no sudeste europeu.

Em Moscovo, onde as temperaturas durante o dia caíram para até menos 22 graus Celsius, os opositores do primeiro-ministro Vladimir Putin estavam preocupados com a possibilidade de o frio reduzir o comparecimento a um protesto contra ele no Sábado, um mês antes de ele disputar as eleições presidenciais.

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